Síria sobre ataque terrorista: “plano sionista para espalhar o caos”
A Embaixada da República Árabe Síria divulgou uma nota oficial sobre os ataques terroristas contra Aleppo, iniciados em 27 de novembro. Segundo a Síria, estes ataques coincidem “com as agressões da entidade israelense contra os territórios da Síria, (e) confirmam que ele se insere no contexto do plano sionista de espalhar o caos na região e cumprir com os seus objetivos de desestabilizar a sua segurança e estabilidade”. A nota também exige que os países apoiadores do terrorismo “cumpram com as resoluções do Conselho de Segurança relativas ao combate ao terrorismo e ao enfrentamento do fenômeno dos guerrilheiros terroristas estrangeiros, cumprindo com a estratégia mundial das Nações Unidas para o combate ao terrorismo”. Leia, abaixo, a íntegra do texto.
Nota da Embaixada da República Árabe da Síria em Brasília
O norte da Síria foi alvo de um ataque terrorista de amplo espectro e, neste sentido, assinalamos o seguinte:
- Em 27 de novembro de 2024, grupos terroristas liderados pela Frente al Nusra/ Forças de Libertação da Síria, classificada pelo Conselho de Segurança da ONU como organização terrorista, perpetrou um ataque terrorista de vários eixos que teve como alvo localidades das províncias de Idleb e Aleppo, com o objetivo de ocupar a cidade de Aleppo e controlar partes da estrada internacional M5, com o apoio de milhares de guerrilheiros terroristas estrangeiros, equipados com armas e equipamentos militares, especialmente drones, além do suporte técnico que os possibilitou realizar este ataque de amplo espectro.
- A perpetração deste tipo de grande ataque organizado não seria possível sem um sinal verde de seus patrocinadores, especialmente os patrocinadores regionais, e sem o apoio externo multifacetado dado a estes terroristas, visto que existem muitas provas e indícios que o confirmam.
- Este ataque terrorista, onde os seus executores seguem uma ideologia terrorista, resultou em ameaças aos civis desarmados, a interrupção dos meios de vida em Aleppo e numa grande onda de deslocamentos de seus habitantes para fora da cidade e para outras localidades da Síria.
- O Exército Árabe Sírio, partindo de seu zelo pelas vidas dos civis, evitou que estes fossem atingidos ao realizar operações de retomada da área, reforçando a sua presença militar e dando continuidade em cumprir com o seu dever nacional em enfrentar as organizações terroristas na Síria e libertá-la totalmente desta presença terrorista, atuando para garantir a retomada da autoridade do Estado e do estado de direito sobre todas as terras nacionais da Síria.
- Este ataque terrorista que coincide, de forma suspeita e desmascarada, perpetrado pela Frente al Nusra / Forças de Libertação da Síria, com as agressões da entidade israelense contra os territórios da Síria, confirmam que ele se insere no contexto do plano sionista de espalhar o caos na região e cumprir com os seus objetivos de desestabilizar a sua segurança e estabilidade.
- A Síria conclama para que sejam apoiados os esforços do Estado sírio em defender a sua segurança, a sua estabilidade, a defesa de seus cidadãos, a manutenção de sua unidade e integridade territorial e a ampla condenação deste ataque terrorista.
- Este ataque terrorista configura uma flagrante violação das resoluções da Organização das Nações Unidas e do Conselho de Segurança relativas ao combate ao terrorismo, assim como aos acordos para diminuir a escalada, adotados pelo Caminho de Astana, que afirmou em sua declaração final o compromisso com a soberania da República Árabe da Síria, com a sua independência, sua integridade e unidade territorial e a continuidade das ações para combater o terrorismo em todas as suas formas e manifestações.
- A Síria responsabiliza os países que apoiam essas organizações terroristas e entidades ligadas a elas de forma total por este ataque, por suas repercussões e exige que sejam feitas pressões sobre estes apoiadores para que cumpram com as resoluções do Conselho de Segurança relativas ao combate ao terrorismo e ao enfrentamento do fenômeno dos guerrilheiros terroristas estrangeiros, cumprindo com a estratégia mundial das Nações Unidas para o combate ao terrorismo.