Venezuela rechaça “pressões indevidas” contra diálogos de paz
O chanceler da República Bolivariana da Venezuela, Jorge Arreaza, ratificou, nesta quarta-feira (17), a necessidade de estabelecer um acordo político entre o Governo Nacional e os diversos setores da oposição venezuelana para garantir a paz na Venezuela e rechaçou as “pressões indevidas” dos EUA e da União Europeia, que tentam minar a possibilidade de acordo.
“O importante é chegar a um acordo político para a paz, para a coexistência, para a tolerância na Venezuela e que possamos, nesta conjuntura e em qualquer outra, contar com instâncias como esta (ONU), para poder processar as diferenças”, afirmou o chefe da diplomacia venezuelana, depois de uma reunião com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na sede do organismo, em Nova York.
Arreaza condenou a pressão exercida pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE) para impedir as partes na Venezuela de chegar a um acordo e descreveu suas ações como uma “aberração”.
“Eles não têm nenhuma autoridade moral para se intrometer nos assuntos de nosso país. Nosso país tem sido um país livre e independente há 208 anos e ninguém tem o direito de tentar barrar o processo de diálogo com pressões indevidas, na tentativa de que este não dê resultados “, ressaltou.
Ele enfatizou ainda que o processo de diálogo deve converter-se em uma mesa de discussão permanente, trabalhando de acordo com a agenda estabelecida através da facilitação do Reino da Noruega.
Arreaza recordou que a Venezuela está passando por um conflito histórico em uma luta para obter o controle das receitas do petróleo através de “uma rajada de tentativas de golpes e rebeliões da burguesia para tomar o poder”.
“Cada capítulo que temos visto nos últimos 20 anos é a luta de um grupo para recuperar o poder e retornar ao modelo anterior e outro grupo para mantê-lo e continuar com o modelo no qual acreditamos fielmente”, disse ele.
Fonte: Agência Venezuelana de Notícias, tradução e edição da Redação do i21