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Venezuela: Governo Bolsonaro é cúmplice de agressões armadas e protetor de bandidos e mercenários

Jorge Arreaza, chanceler da República Bolivariana da Venezuela

Em documento divulgado neste domingo (29) o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela condenou a decisão do governo brasileiro de conceder status de refugiados a cinco militares desertores venezuelanos suspeitos de envolvimento no assalto a um batalhão militar da Venezuela próximo à fronteira e perguntou o que aconteceria se a Venezuela abrigasse responsáveis por ataques contra o Brasil. Para o governo venezuelano, o Brasil de Bolsonaro se tornou protetor de bandidos e mercenários.

O comunicado, divulgado pelo chanceler Jorge Arreaza, denuncia perante à comunidade internacional “a decisão do governo do Brasil de dar status de refugiados aos cinco terroristas” que confessaram participação no “ataque armado ao Batalhão de Infantaria 513 do Gran Sabana”, no dia 22 de dezembro, quando roubaram 120 fuzis e 9 lança-foguetes, deixando um militar morto.

Segundo a declaração, ao conceder refúgio baseado em critérios não previstos nas convenções internacionais correspondentes, o Brasil viola o direito internacional humanitário, estabelecendo perigosos precedentes de proteção a pessoas que cometeram delitos flagrantes contra a paz e a estabilidade de outro Estado, acrescentando que o governo brasileiro se torna cúmplice de atividades armadas contra países vizinhos e protetor de criminosos e mercenários que os protagonizaram.

Da mesma forma, o documento questiona o que aconteceria se a Venezuela abrigasse terroristas que tivessem atacado o Brasil. O protesto do governo bolivariano informa que, na presença de evidências abundantes e a confissão pública dos crimes, insistirá na entrega imediata desse grupo de criminosos e assegura que denunciará a posição das autoridades brasileiras nas instâncias internacionais relevantes.

“Santuário de terroristas”

Nesta segunda-feira (30) foi a vez de Delcy Rodrigues, vice-presidente executiva da Venezuela, se pronunciar sobre o fato, argumentando que a concessão de status de refugiado a desertores venezuelanos é prova de cumplicidade de Bolsonaro com aqueles que desejam desestabilizar a Venezuela.

Em sua conta na rede social Twitter, Delcy afirmou que a cumplicidade de Bolsonaro em tramas para “desestabilizar a tranquilidade da Revolução Bolivariana da Venezuela e minar seu governo legítimo faz do Brasil um santuário de terroristas”.

Com informações de Opera Mundi e Prensa Latina

 

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