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Evo Morales: “Governo quer boicotar as eleições por medo do povo”

O ex-presidente boliviano Evo Morales declarou nesta quinta-feira (02) que os atuais governantes de fato e seus aliados estão impedindo o processo eleitoral para a próxima votação de setembro, porque temem o voto popular.

“Todos aqueles que promoveram o golpe de Estado de novembro e colocaram (Jeanine) Áñez no cargo são responsáveis pela grave situação econômica e sanitária que o país está sofrendo e agora, estão tentando boicotar as eleições, porque têm medo do voto do povo”, disse o ex-presidente em sua conta no Twitter.

Morales citou Carlos Mesa, Jorge (Tuto) Quiroga, Branko Marinkovic, Mario Cossío, Manfred Reyes Villa e Luis F. Camacho entre aqueles que promoveram a revolta e agora estão agindo contra as eleições.

“O candidato Camacho quer usar meu nome para chamar a atenção para seu fraco desempenho. Ele diz que é contra a velha política, mas seu ambiente é (Branko) Marinkovic, (Mario) Cossio, (Manfred) Reyes Villa, cuja atitude era dividir a Bolívia em 2008 e depois se aliar a (ex-presidente) Mesa”.

Segundo Morales, “Camacho fala de renovação política, mas seus métodos são os de uma ditadura: subornos aos militares e à polícia para realizar golpes, pagamento por greves?”.

O Movimento ao Socialismo-Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP), liderado por Morales, acusou, no dia 1º/7, o governo golpista de tentar banir este partido político do processo eleitoral para as eleições de setembro.

Esta acusação é o foco de uma denúncia há várias semanas por líderes daquela organização, como o candidato e ex-ministro da economia Luis Arce, que disse em uma entrevista coletiva na quarta-feira que o MAS-IPSP vai continuar sua campanha eleitoral.

Nossa candidatura permanece inalterada e continuaremos no caminho da vitória em 6 de setembro. O povo nos dá muito mais coragem para continuar e suportar todos esses insultos, todas essas acusações e as que virão”, disse o influente político e ex-ministro da economia.

Queremos denunciar perante a opinião pública a intenção do governo de proibir o Movimento Rumo ao Socialismo para que ele não participe destas eleições. Proibir o candidato IPSP do MAS”, disse ele.

Segundo o político, os líderes golpistas estão tentando acusar “alguém que não fez nada além de trabalhar para o país e melhorar a qualidade de vida dos bolivianos durante 14 anos, quando ele acompanhou o processo de mudança”.

Arce acrescentou às realizações de sua organização a redução da pobreza extrema no país, melhorando a distribuição de renda, aumentando a expectativa de vida e diminuindo a distância entre ricos e pobres.

Fonte: Prensa Latina via Pátria Latina

 

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