Boletim i21 / 11 a 20 de janeiro-2021 – Análises e informações sobre a conjuntura internacional
GEOPOLÍTICA
Covid-19: Presidência e bancada do PCdoB agradecem ajuda de Maduro e Xi Jinping (link)
Em textos assinados no dia 20/01 pela presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Luciana Santos, e pela bancada do partido na Câmara dos Deputados, os comunistas agradecem, em duas cartas distintas, aos presidentes Nicolás Maduro (Venezuela) e Xi Jinping (China), pelo apoio diante da crise causada pela Covid-19.
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A cada dez dias, análises e notícias da conjuntura internacional pela ótica dos comunistas e seus aliados.
Vacinas da Índia – Mais um vexame diplomático
O Brasil passou um vexame na segunda semana de janeiro em termos de relações internacionais. Há exatamente um ano, em janeiro de 2020, Bolsonaro realizou visita à Índia e esteve com seu homólogo, o presidente Narendra Modi. Na época, os bolsonaristas comemoraram bastante a grande parceria. No entanto, parece que a relação criada não frutificou a ponto de estabelecerem uma comunicação básica, inteligível no mínimo. A Índia é conhecida como um dos gigantes dos fármacos e das vacinas. Muitos países estão na fila para adquirirem sua vacina. O que fez o governo brasileiro pensar que seria o primeiro da fila (antes do início da vacinação da população local na Índia), plotar um avião e estar a ponto de enviá-lo diretamente do aeroporto de Recife rumo a Mumbai para “buscar as vacinas”? A Índia obviamente negou a entrega imediata dos imunizantes e o avião não chegou a sair do Brasil. As informações são de que o chanceler Ernesto Araújo chegou a fazer uma última ligação para o chanceler indiano Subrahmanyam Jaishankar no dia 14/01 para fazer um último apelo, mas sem sucesso. Bolsonaro havia enviado uma carta a Modi em 8 de janeiro. Nas palavras do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, “o processo de vacinação na Índia está apenas começando. É muito cedo para dar uma resposta específica sobre destinação para outros países enquanto ainda estamos analisando os cronogramas de produção e entrega. Nós tomaremos decisões a esse respeito no devido tempo, isso pode demorar”. Uma cerimônia estava marcada para o dia 19/01 no Palácio do Planalto para marcar o início da vacinação com a vacina da Oxford/Astrazeneca produzida na Índia pelo Serum Institute, mas com o fracasso da operação, acabou por ser desmarcada. Enquanto isso, a Índia começou no dia 16/01 a maior campanha de vacinação contra a Covid19 do mundo. Esperam vacinar 300 milhões de pessoas até o meio do ano. Um desafio logístico e de recursos humanos monumental para o país de 1,3 bilhão de pessoas. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
IFA virou ouro
Ingrediente Farmacêutico Ativo – IFA – um novo termo que passa a fazer parte de nossas análises em tempos de pandemia e corrida mundial por vacinas. O material, nomeado em inglês como Active Pharmaceutical Ingredient, é a base ou a “liga” das vacinas. Sem ele não há vacina. Em um planeta de bilhões de pessoas precisando ser vacinadas, o IFA virou ouro, a demanda para sua compra é gigantesca e seus maiores fornecedores vêm da Ásia: China e Índia. Andei lendo a imprensa asiática e percebi que a exportação do IFA é tema quente na disputa por liderança regional que marca hoje a relação entre Índia e China. A imprensa asiática comemora o aumento em 18% das vendas do material pela Índia em 2020 após o “ocidente” retaliar a China por uma suposta negligência com relação ao surgimento do coronavírus em Wuhan. É a narrativa do “vírus chinês” interferindo no mercado de fármacos e beneficiando a Índia, embora quando olhamos os números vemos que a Índia importa grande parte do IFA que revende da própria China. É como se para uma parte do ocidente, presa em uma narrativa anti-China, fosse mais “limpo” comprar da Índia. Enfim, uma grande guerra comercial em curso e um grande esforço indiano para potencializar sua já grande (terceira do mundo) indústria farmacêutica. Fato é que neste momento o Brasil depende completamente da chegada desse material para que o Butantan e a Fiocruz possam prosseguir na fabricação das vacinas que imunizarão a população brasileira. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
China impõe sanções contra ex-funcionários do governo Trump (link)
A China anunciou, no dia 20/01, sanções contra 28 cidadãos dos EUA, incluindo ex-funcionários do governo de Donald Trump como o ex-secretário de Estado Mike Pompeo, por interferência nas relações exteriores de Pequim.
Hossein Gharibi: A era de influência hegemônica já passou faz tempo (link)
Entrevista com o Embaixador da República Islâmica do Irã no Brasil, Sr. Hossein Gharibi, realizada por João Vicente Goulart, membro do Comitê Central do PCdoB e presidente do Instituto João Goulart e Ana Prestes, integrante da Comissão Política Nacional do CC do PCdoB.
AMÉRICA LATINA E CARIBE
Walter Sorrentino expressa solidariedade à Cuba: “Terrorismo faz quem ignora as leis internacionais e promove bloqueios, sanções e assassinatos” (link)
Em mensagem enviada por vídeo à Jornada Latino-Americana e Caribenha contra o Bloqueio, iniciativa do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), Walter Sorrentino, Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), exige o fim do bloqueio contra Cuba e se solidariza com o povo cubano diante da “provocação do moribundo governo Donald Trump, que, em seus estertores, incluiu Cuba em uma infame lista de países promotores do terrorismo”. Assista.
Venezuela, a crise em Manaus e o valor da dignidade humana (link)
Quem primeiro se mobilizou diante da tragédia manauara não foi o Governo Federal, cujo presidente e seus acólitos, mais uma vez, tiraram o corpo fora. Ironicamente, foi o perseguido, apedrejado, sancionado, insultado, governo do presidente Nicolás Maduro quem, imediatamente e sem vacilação, estendeu a mão solidária ao povo brasileiro, colocando em primeiro lugar a vida humana e passando por cima de toda sorte de provocações do incrivelmente inepto e criminoso governo brasileiro. Artigo de Wevergton Brito.
Soberana, a vacina de Cuba contra a Covid-19 (link)
Uma das notícias que ganhou destaque no mundo inteiro foi o anúncio de que Cuba está trabalhando em quatro candidatos à vacina contra a Covid-19. Os imunizantes Soberana 01 e Soberana 02 são desenvolvidos pelo Instituto de Vacinas Finlay (IFV). Já as vacinas Abdala e Mambisa estão a cargo do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB).
Eleições no Peru
O Peru se prepara para eleições em abril. A presidente do congresso peruano, Mirtha Vázquez, anunciou no dia 18/01 um protocolo sanitário para vigorar durante a campanha e o pleito. O Peru ainda é um dos países mais atingidos pelo coronavírus na América do Sul. Mirtha assumiu a presidência do parlamento logo que o então presidente Francisco Sagasti assumiu a presidência do país dado o vácuo político deixado pelo impeachment de Martin Vizcarra e a renúncia de Manuel Merino. Ela era vice-presidente na chapa que elegeu Sagasti. As eleições no Peru vão acontecer em 11 de abril. Se houver segundo turno será em 6 de junho. Serão eleitos o/a presidente, dois vices, 130 parlamentares e 5 parlamentares andinos para o período que vai de 2021 a 2026. Uma última pesquisa Ipsos aponta que ainda há indefinição em 25% do eleitorado peruano. As intenções de voto aparecem assim: George Forsyth (ex-jogador de futebol, partido Vitória Nacional) com 17%, Keiko Fujimori (filha de Alberto Fujimori, candidata pela terceira vez, partido Força Popular) com 8%, Verónika Mendoza (psicóloga/antropóloga de esquerda, partido Novo Peru, foto acima) com 7%, Julio Guzmán (economista/centrista, Partido Morado) com 7%, e Daniel Uresti (militar aposentado, partido Podemos Peru) com 6%. Os hospitais peruanos estão em colapso com falta de oxigênio e leitos de UTI, semelhante ao que ocorre em Manaus. O país conta com quase 40 mil mortos pelo coronavírus. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
Denúncias no Equador
No Equador, o candidato presidencial do correísmo, Andrés Arauz, realizou no dia 13/01 uma coletiva de imprensa para apresentar o que ele chama de “uma nova violação aos direitos de participação política e de liberdade de expressão” que está ocorrendo na corrida eleitoral do país. Ele se refere a uma decisão do Conselho Nacional Eleitoral que suspendeu qualquer material publicitário em que apareça a imagem do ex-presidente Rafael Correa. Segundo Arauz, “trata-se de um processo sistemático de perseguição com intenção de proscrição das forças progressistas do Equador”. O candidato denunciou ainda que está em curso uma manobra para que o CNE seja destituído pelo Tribunal Contencioso Eleitoral (que julga as controvérsias), o que geraria a suspensão das eleições presidenciais marcadas para fevereiro e prorrogaria o mandato do presidente Lenin Moreno. A destituição ocorreria após o CNE imprimir mais de 6 milhões de cédulas eleitorais com um erro na logo de uma das chapas. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
Na Colômbia o massacre continua
Uma reportagem do Brasil de Fato traz um dado que várias vezes comentei aqui nas Notas ano passado. A crescente violência na Colômbia. Só em 2021 já foram registrados três massacres com o assassinato de 13 pessoas. Praticamente um assassinato por dia. Em 2020 foram registradas 91 chacinas no país. O governo Duque, desde 2018, trouxe uma realidade que parecia em vias de mudar com os Acordos de Paz de Havana de 2016. A maioria dos assassinados são líderes sociais e ex-integrantes das antigas FARC que aderiram aos acordos de paz, mas há também jovens e até crianças entre os mortos. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
EUA
Joe Biden anuncia pacote econômico de US$ 1,9 trilhão (link)
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, detalhou no dia 14/01, seu plano de estímulo econômico para combater a crise gerada pela pandemia da COVID-19 e financiar os testes e distribuição de vacinas contra o novo coronavírus.
As promessas de Biden, a ameaça de Trump e as cobranças de Sanders (link)
Como era previsível, o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, colocou como eixo central do seu discurso de posse, no dia 20/01, a unidade do país, após assumir o cargo de 46º presidente dos Estados Unidos, em meio a um clima de tensão sem precedentes. Artigo de Wevergton Brito Lima.
Trump sofre segundo impeachment
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou no dia 13/01 a abertura de um segundo processo de impeachment contra o presidente Donald Trump, faltando uma semana para que ele deixe de ser presidente. Ele é o primeiro mandatário do país a ter dois processos de impeachment aprovados pelos parlamentares da câmara baixa (deputados/as). No primeiro, há um ano, ele foi acusado de obstrução ao Congresso e abuso de poder. A materialidade alegada foi a provada chantagem realizada com o presidente da Ucrânia. Desta vez, dez representantes do seu partido (Republicanos) votaram favoravelmente ao impeachment. Foram 232 votos a favor e 197 contrários. Apenas quatro não votaram (todos republicanos). Não houve nenhuma defecção entre os democratas. O mote do processo foi: “incitamento à insurreição” e a materialidade foi a invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro. Antes da votação, Trump havia dito tratar-se da “maior caça às bruxas da história da política”. Ele agora será defendido por seu advogado Rudolph Giuliani no Senado, com quem ele estaria furioso, de acordo com especulações da imprensa. O processo vai à votação no Senado e, diferentemente da Câmara, onde basta maioria simples para aprovação, agora são necessários dois terços de votos favoráveis ao impeachment. Isso significa que pelo menos 17 senadores/as republicanos deverão votar pelo impedimento do presidente. A imprensa americana especula que pelo menos 20 correligionários de Trump poderiam votar contra ele. Caso o impeachment seja aprovado no Senado, a casa pode promover outra votação para bloquear Trump de concorrer a cargos eletivos novamente. Isso é algo que vários republicanos desejam, quando não isso, que, pelo menos, consigam expulsar Trump do partido, como já admitiram alguns. De todo modo, Trump ainda estará presidente no dia 20 de janeiro, pois o processo no Senado é mais lento e cheio de etapas prévias à votação em plenário. Aliás, isso pode causar uma paralisia legislativa justamente nas primeiras semanas do governo Biden. O presidente eleito e em vias de ser empossado não se demonstrou muito animado com a abertura do processo de impeachment, apesar de não contrariar as estrelas do show, Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, e Chuck Schumer, líder democrata no Senado. Em carta divulgada após a votação do impeachment, Biden diz que o país “permanece nas garras de um vírus mortal e uma economia cambaleante” e que espera “que a liderança do Senado encontre uma maneira de lidar com suas responsabilidades constitucionais no impeachment, ao mesmo tempo em que trabalha em outros assuntos urgentes desta nação”. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
Conselho da Paz dos EUA comenta situação política e apela à unidade (link)
O Conselho da Paz dos Estados Unidos, membro do Conselho Mundial da Paz (CMP), emitiu uma nota no dia 10/01 comentando a situação no país diante da invasão do Congresso estadunidense, em 6 de janeiro, por convocatória do presidente cessante, Donald Trump.
ÁSIA
Coreia Popular decide concentrar forças no avanço econômico para construir o “socialismo ao nosso estilo” (link)
O 8° Congresso do Partido do Trabalho da Coreia (PTC), realizado de 5 a 12 de janeiro, que reelegeu, para o cargo de Secretário-Geral, Kim Jong Un, definiu que “a construção da economia socialista é a tarefa revolucionária mais importante”. Artigo de Wevergton Brito Lima.
Luta camponesa na Índia
O enfrentamento entre os trabalhadores rurais da Índia e o governo Modi ganhou novos contornos na primeira quinzena de janeiro. Há três meses os trabalhadores vêm realizando greves e marchas massivas, consistentes e persistentes contra a Nova Lei de Agricultura. Agora, o pronunciamento e ação do presidente da Suprema Corte do país, Sharad Bobde, trouxe novidades. Nas palavras do juiz, o tribunal estava “desapontado com a maneira como o governo lidou com tudo isso”. No entanto, o que o tribunal propôs tampouco agradou os trabalhadores do campo representados por mais de 400 sindicatos de todo o país. A suprema corte suspendeu a aplicação das leis que geraram os protestos e estabeleceu um comitê de especialistas para ajudar nas negociações entre governo e trabalhadores. Ocorre que estão no comitê formuladores das leis rejeitadas pelos trabalhadores. Um agricultor de Punjab, entrevistado por uma agência de notícias indiana (NDTV) disse: “nós não aceitamos esse comitê, pois todos os membros do comitê têm sido pró-governo e têm justificado as leis”. Eles acreditam que a criação do comitê é uma forma de diversionismo do governo junto à corte e que não aceitam nada menos que a revogação das leis. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
ORIENTE MÉDIO
Avança a ocupação na Cisjordânia
Premiê israelense Benjamin Netanyahu ordenou no dia 11/01 a construção de 800 casas para judeus na Cisjordânia ocupada. Território palestino colonizado pelos israelenses com apoio dos EUA. A ação desrespeita (como tantas outras de Israel) a lei internacional (resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU). Estima-se que já passam de 500 mil os colonos israelenses vivendo na região da Cisjordânia. Netanyahu não deixou dúvidas sobre a ação em sua conta no twitter: “estamos aqui para ficar”. Israel está com eleições marcadas para 23 de março (quarta eleição em 2 anos). Ana Prestes, em Notas Internacionais.
Síria denuncia nova agressão israelense (link)
No dia 13/01 a Agência de Notícias Sana reportou que “o inimigo israelense lançou um ataque aéreo depois da meia-noite de terça-feira contra a cidade de Deir Ezzor (capital da província de mesmo nome), e o município de Bukamal, no sudeste da província”. Ainda segunda a agência síria “às 1h10 desta quarta-feira, o inimigo israelense realizou um ataque aéreo contra a cidade de Deir Ezzor e o município de Bukamal, e os resultados do ataque estão sendo verificados”.
Eleições na Palestina
Foi anunciada na no dia 15/01, pelo presidente palestino Mahmud Abbas, a realização de eleições legislativas na Palestina em 22 de maio e presidenciais em 31 de julho. São as primeiras eleições desde 2005, quando Abbas venceu após o falecimento de Yasser Arafat. Haverá ainda uma terceira votação em 31 de agosto para a eleição do Conselho Nacional Palestino. O estabelecimento de uma data para as eleições é fruto de um acordo firmado em setembro de 2020 entre a liderança do Fatah, partido que dirige hoje a Autoridade Nacional Palestina e o território da Cisjordânia, e o Hamas, partido que ganhou as eleições parlamentares de 2006 e dirige o território da Faixa de Gaza. Certamente haverá muita tensão em todo o processo eleitoral, em especial para garantir a participação dos palestinos que vivem em Jerusalém oriental, ocupada por Israel. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
EUROPA
O fim da era Merkel
A Era Merkel está chegando ao fim na Alemanha. Foram 16 anos de governo como primeira-ministra da maior economia da Europa. Já saíram várias matérias e reportagens sobre esse período e os grandes desafios enfrentados por ela, desde a crise econômica de 2008 que se abateu sobre o bloco europeu, a onda migratória, a crise do Brexit, as relações com Rússia, China, EUA e a própria pandemia de Covid19. Seu governo na Alemanha se confunde com sua liderança no bloco, que impôs uma política de austeridade sobre as economias mais frágeis e lutou para manter a Zona do Euro a qualquer custo. Internamente, ficou marcada pela maior tolerância com a entrada de migrantes e uma política acertada de combate ao coronavírus. A retrospectiva vem ao tempo que o partido de Merkel, CDU (União Democrata Cristã), elegeu no sábado (16) seu novo líder, Armin Laschet. Ele é governador do estado da Renânina do Norte-Vestfália. Sua eleição se deu em uma convenção partidária virtual com a participação de pouco mais de mil delegados. Seu concorrente principal foi o atual líder da bancada do CDU no Bundestag (câmara dos deputados), seguido de Norbert Rottgen, com menor votação. A decisão se deu em dois turnos. As eleições parlamentares na Alemanha serão em 26 de setembro e se a CDU confirmar seu favoritismo, Laschet deve suceder Merkel como chanceler federal alemão. Ana Prestes, em Notas Internacionais.
Entrevista com Francis Dagrin, deputado-operário do Partido do Trabalho da Bélgica (link)
“Dois dias por semana ainda trabalho na fábrica, numa montadora de automóveis. Para mim é muito importante manter esse contato com a base, com os trabalhadores. Eu trabalho como uma esponja. O que eu ouço, trago ao Parlamento.”
INTERNACIONALISMO
Os cem anos do PCI – Origens de suas peculiaridades e função histórica (link)
Em 21 de janeiro relembra-se o centenário da fundação do Partido Comunista Italiano (PCI). Pode-se ter distintas opiniões quanto à sua linha política, compartilhar ou não de suas premissas e perspectivas ideológicas, mas é inegável a importância desta organização de massas na história da Itália do século XX. Artigo de Gianni Fresu.