Xi Jinping declara a China livre da pobreza extrema
O presidente chinês afirmou, nesta quinta-feira (25), que o país concluiu a “árdua tarefa” de erradicar a pobreza extrema, referindo que 98,99 milhões de pessoas saíram daquela condição nos últimos oito anos.
Numa cerimónia no Grande Palácio do Povo, em Pequim, Xi Jinping afirmou que a China alcançou uma “vitória total” na sua luta contra a pobreza e louvou o feito como “outro milagre da humanidade que entrará para a história”, informa a agência Xinhua.
Graças aos esforços realizados pelo Partido Comunista da China (PCC), o país conseguiu debelar um fenômeno que existia há milhares de anos, permitindo que o povo veja agora concretizado o desejo de comida e roupa em abundância, bem como de habitação confortável, indica a mesma fonte.
Na ocasião foram homenageados mais de 1800 funcionários que perderam a vida ao cumprir a tarefa da erradicação da pobreza e condecorados outros que se destacaram nessa luta, para a qual o governo chinês destinou cerca de 248 bilhões de dólares.
Além disso, refere a Xinhua, ao longo dos últimos oito anos Xi Jinping presidiu a sete simpósios de trabalho sobre redução da pobreza, dirigiu mais de 50 investigações sobre o tema e visitou as 14 regiões empobrecidas contíguas da China.
Xi defendeu que a China se torna uma referência no combate à pobreza e contribuiu para a batalha mundial contra a miséria, na medida em que, desde 2012 e de “acordo com os padrões atuais”, retirou da pobreza 98,99 milhões de pessoas nas áreas rurais, abrangendo 832 condados e 128 mil aldeias em todo o país.
Essas localidades, recordou Xi, viveram profundas transformações, pois a campanha contra a pobreza que a China lançou na sequência do 18º Congresso Nacional do PCC implicou o realojamento em bairros com casas mais confortáveis, instalações de serviços públicos, melhores infraestruturas viárias, transportes e oportunidades de educação e emprego.
Apesar do feito alcançado, os níveis de rendimento das pessoas que recentemente saíram da pobreza são relativamente baixos, refere a Xinhua, pelo que o chefe de Estado pediu esforços redobrados ao Partido Comunista para solucionar os problemas que os camponeses enfrentam na agricultura e consolidar, com a revitalização rural, os resultados da luta travada contra a pobreza.
Nas últimas quatro décadas, com as reformas e a abertura, a China retirou 770 milhões de pessoas da pobreza, o que representa mais de 70% da redução da pobreza a nível global, segundo critérios estabelecidos pelo Banco Mundial.
Com a erradicação da pobreza extrema, a China atinge a meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas uma década antes do programado.
Yang Yalin, chefe do Partido na cidade de Zhaotong (província de Yunnan), disse à Xinhua que a chave para o êxito no combate à pobreza é confiar firmemente na liderança do PCC. “Por mais dura que seja a noz, estamos determinados a abri-la, com os esforços concertados dos quadros e das massas”, frisou.
Fonte: AbrilAbril