Visão Global

Manobras da OTAN junto à Rússia e Bielorrúsia

As fron­teiras da Rússia e Bi­e­lor­rússia com a sua vi­zinha Ucrânia cons­ti­tuem um barril de pól­vora que po­derá pro­vocar uma con­fron­tação mi­litar em qual­quer das frentes pela pre­sença pró­xima da OTAN.

O chefe do es­tado-maior das forças ar­madas da Bi­e­lor­rússia, Victor Gu­lé­vich, de­nun­ciou o au­mento das uni­dades da OTAN e dos exer­cí­cios mi­li­tares perto das suas fron­teiras.

O também vice-mi­nistro da De­fesa chamou a atenção para a in­ten­si­dade de treinos mi­li­tares em ter­ri­tório de países vi­zi­nhos, além do ele­vado nú­mero de tropas e de di­versos sis­temas de armas en­vol­vidos.

Ad­vertiu que, neste ano e até agora, o nú­mero de par­ti­ci­pantes nas ma­no­bras De­fensor-Eu­ropa as­cende a 40 mil mili­tares de 24 países, as áreas dos exer­cí­cios lo­ca­li­zaram-se, so­bre­tudo, a su­deste do país, em ter­ri­tório ucra­niano.

Gu­lé­vich in­dicou que em 2021 também ti­veram lugar treinos de com­bate nos ter­ri­tó­rios da Po­lónia e dos países bálticos, com a par­ti­ci­pação de con­tin­gentes de mais de 20 mil sol­dados de 15 es­tados.

Para a Rússia, as mai­ores pre­o­cu­pa­ções con­cen­tram-se no su­do­este, nas suas fron­teiras com o Don­bass ucra­niano, onde se au­to­pro­cla­maram as re­pú­blicas po­pu­lares de Do­nestk e Lu­gansk, bem como na pe­nín­sula da Cri­meia e no Mar Negro, con­ver­tido no maior te­atro de ope­ra­ções mi­li­tares ma­rí­timas da re­gião.

O mi­nistro da De­fesa da Rússia, Ser­guéi Shoigú, as­se­gurou, em res­posta a de­cla­ra­ções do pre­si­dente ucra­niano, Vladimir Ze­lensky, que a Re­pú­blica da Cri­meia sempre foi e con­ti­nuará a ser russa. “Os lí­deres ucra­ni­anos vão e vêm. E a Cri­meia sempre foi, é e será russa”, afirmou, na ci­dade de Kras­noyarsk.

Ze­lensky tinha afir­mado que Mos­cou la­mentar-se-á das me­didas ado­tadas em re­lação à Cri­meia, re­fe­rindo-se ao processo de reu­ni­fi­cação dessa re­pú­blica com a Rússia, re­fe­ren­dado por su­frágio po­pular apro­vado pela mai­oria da po­pu­lação do ter­ri­tório. Nas elei­ções re­a­li­zadas na então Re­pú­blica Au­tó­noma da Cri­meia, a 16 de Março de 2014, par­ti­ci­param mais de 80% das pes­soas com di­reito a voto. E 96,7% dos re­si­dentes na pe­nín­sula e 95,6% dos elei­tores de Se­bas­topol op­taram pela reu­ni­fi­cação com a Rússia.

Fonte: Avante!

 

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