Luta dos povos

“Bolsonaro, tire as mãos da Venezuela!”, exige comitê brasileiro

O Comitê Brasileiro Pela Paz na Venezuela, que reúne dezenas de partidos, organizações do movimento social e ativistas independentes, divulgou, nesta quinta-feira (21) uma nota onde expressa seu repúdio pelo envolvimento do Brasil nas provocações comandadas por Washington contra a Venezuela. Leia, abaixo, a íntegra da nota.

Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela rechaça ação do Brasil contra o governo eleito no país irmão

Em menos de dois meses no poder, o governo brasileiro já demonstrou submissão a uma nação estrangeira. Sob pressão dos Estados Unidos, o Brasil anunciou o envio de “ajuda humanitária” — não solicitada — à Venezuela.

Nós, do Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, vimos a público rechaçar completamente a ação do governo de Jair Bolsonaro, que vai contra uma longa tradição de diplomacia independente mantida até então pelo Itamaraty.

Nos alarma o fato de nosso governo intervir abertamente no conflito interno de outro país, respaldando as intenções nitidamente imperialistas dos Estados Unidos, que buscam derrubar um governo eleito para alçar ao poder um governo dócil, que deixaria sob o controle das corporações estadunidenses a maior reserva de petróleo do mundo.

Diante do show midiático orquestrado pelos EUA e governos satélites, nós dizemos: “o povo brasileiro não será bucha de canhão de uma guerra fratricida!”.

O rompimento de nossa tradição diplomática não é só um ataque aos venezuelanos, mas aos brasileiros. Diante de uma situação de arrocho que se verifica no país, com destaque para o ataque frontal à Previdência Social, questionamos como pode o Brasil sacrificar recursos para financiar uma guerra fratricida.

Assim, nos comprometemos a estar de pé, dia após dia, denunciando as inúmeras violações da soberania e auto-determinação do povo venezuelano, bem como a violação de direitos humanos que esta e as consequentes ações vão provocar no país caribenho.

 

BOLSONARO, TIRE AS MÃOS DA VENEZUELA!

Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela
21 de fevereiro de 2019

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