Cuba rechaça provocações e avisa: “Não conversamos com mercenários”
O Ministério da Cultura de Cuba (Mincult) ratificou nesta quarta-feira (27) sua disposição de dialogar com criadores honestos, ao mesmo tempo em que reiterou sua recusa em aceitar provocações ou conversar com mercenários.
A instituição enfatizou o assunto por meio de nota divulgada pela televisão local, após um incidente ocorrido em frente à sua sede na manhã desta quarta-feira.
De acordo com o comunicado, neste dia foi agendada uma reunião de funcionários da Mincult com três porta-vozes de um pequeno grupo de pessoas “que se caracterizaram por sua atitude provocativa e sua relação com a mídia paga por agências federais dos Estados Unidos“.
No entanto, na hora marcada para o encontro, cerca de trinta pessoas reuniram-se em frente ao edifício, as quais foram convidadas a abandonar o local, devido ao risco da pandemia Covid-19; o que eles recusaram.
Os manifestantes, de acordo com o texto, pediam esclarecimentos sobre a situação de alguns cidadãos que, segundo eles, foram detidos em diferentes partes de Havana.
Para esperar por esta informação foram convidados a entrar repetidas vezes no Ministério, onde também poderiam falar sobre assuntos de interesse mútuo, mas houve nova recusa, salienta a nota.
“Durante as mais de duas horas que duraram esses incidentes na manhã desta quarta-feira, a mídia paga pelo governo dos Estados Unidos comentou ao vivo o que estava acontecendo, reforçando a matriz provocativa dos contrarrevolucionários”, diz o Mincult.
Diante das repetidas recusas em manter o intercâmbio em condições favoráveis e “a óbvia intenção de materializar um show midiático”, os trabalhadores do Ministério expulsaram as pessoas do local.
A instituição ratificou em sua declaração sua disposição de dialogar com criadores honestos sobre qualquer tema relacionado com a política cultural da Revolução Cubana, mas reiterou que não aceitará provocações e não conversará com quem aceita dinheiro por suas atividades, concluiu.
Um incidente semelhante ocorreu em novembro do ano passado, quando um grupo de pessoas se reuniu em frente à sede do Ministério, alguns incentivados por indivíduos e meios de comunicação pagos por agências americanas, como diversos materiais jornalísticos posteriormente evidenciaram.
Naquela ocasião, funcionários do Ministério e representantes das organizações que representam os artistas e criadores cubanos trocaram ideias com representantes dos manifestantes ali reunidos, mas também rejeitaram as imposições e a agenda contrária à Revolução Cubana.
Fonte: Prensa Latina