Luta dos povos

Equador: Grupo de Puebla defende democracia e Revolução Cidadã consegue registrar candidatura presidencial

A Chapa da Revolução Cidadã: Andrés Arauz (esq.) e Carlos Rabascall

Na última segunda-feira (28), parlamentares de 9 países latino-americanos (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Equador, México, Paraguai e Peru), que compõe o Grupo Parlamentar Progressista Ibero-Americano, divulgou uma nota condenando a tentativa de banir, da disputa eleitoral, a corrente política “Revolução Cidadã”, liderada pelo ex-presidente, Rafael Correa. Do Brasil, assinaram a declaração o Senador Humberto Costa (PT) e a Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB).

Como parte da estratégia da direita, o ex-presidente Rafael Corrêa foi impedido de se registrar para concorrer ao cargo de vice-presidente nas eleições presidenciais que serão realizadas em fevereiro de 2021, devido ao lawfare de que é vítima. No entanto, graças a luta do povo equatoriano e à pressão dos setores progressistas de todo o mundo (Foro de São Paulo, Grupo de Puebla, etc.), o Conselho Nacional Eleitoral do Equador decidiu, na madrugada desta quinta-feira (30), que o movimento Revolução Cidadã, abrigado na coalização União pela Esperança, poderá inscrever sua chapa, composta por Andrés Arauz como presidente e Carlos Rabascall como vice. Leia, abaixo, a íntegra da nota do Grupo de Puebla.

Grupo parlamentar progressista ibero-americano rejeita possível bloqueio à candidatura de Andrés Arauz no Equador

Diante da informação recebida sobre o possível bloqueio à postulação de Andrés Arauz à presidência da República do Equador, pelo Conselho Eleitoral do Equador, os membros do Grupo Parlamentar Progressista Interamericano, expressamos:

Rejeitamos qualquer tipo de pressão do governo do Presidente Lenin Moreno sobre os órgãos encarregados de zelar pelo cumprimento legal e democrático dos processos eleitorais na República do Equador.

O bloqueio da candidatura do binômio apresentada pelo Movimento Unión por la Esperanza, liderado por Andrés Arauz, representará uma clara violação do direito do povo equatoriano de eleger seus representantes, além de um gravíssimo caso de fraude eleitoral institucionalizada, que, em Se houver avanços, isso implicará na nomeação de autoridades ilegítimas, instabilidade política, bem como na responsabilidade jurídica dos autores e executores da fraude.

Perante este cenário de fraude eleitoral, apelamos às organizações políticas da região e do mundo e a toda a comunidade internacional a manifestar o seu repúdio a este novo ataque aos valores democráticos mais básicos e ao direito do povo equatoriano de escolher livremente e democraticamente aos seus representantes.

Signatários:

Karina Sosa, Deputada, El Salvador

Fernando Lugo, senador, Paraguai

Anabel Sagasti, senadora, Argentina

Antonio Sanguino Páez, senador, Colômbia

Esperanza Martínez, senadora, Paraguai

Esther Cuesta Santana, deputada nacional, Equador

Gabriela Rivadeneira, Membro da Assembleia Nacional, Equador

Humberto Costa, senador, Brasil

Jandira Feghali, Deputada, Brasil

Karol Cariola, Deputada, Chile

Lenin Checco, congressista, Peru

Martha Lucía Micher, senadora, México

Oscar Laborde, Parlamentar do Mercosul, Argentina

Carlos Filizzola, senador, Paraguai

Pabel Muñoz, Deputado Nacional, Equador

Jorge Querey, senador, Paraguai

Tatiana Clouthier Carrillo, Representante, México

 

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