Luta dos povos

Foro de São Paulo defende a soberania da Venezuela

Foto: REUTERS-Marcos Brindicci

Nesta quarta-feira (20), a Secretária Executiva do Foro de São Paulo, Monica Valente, emitiu um comunicado onde denuncia “uma iniciativa militar” disfarçada de “intervenção humanitária”. Leia, abaixo, a íntegra.

A Secretaria Executiva do Fórum de São Paulo:

– Denuncia as novas ações do governo dos Estados Unidos da América para uma iniciativa militar sob a bandeira da “intervenção humanitária” na Venezuela e qualquer intento de resolver a crise que afeta o povo venezuelano que não seja por seus próprios processos internos de decisão.

– Rechaça as intenções dos EUA no Conselho de Segurança das Nações Unidas, usando os pretextos da defesa dos Direitos Humanos e a situação humanitária para justificar suas tentativas de intervenção, enquanto impõe uma política de cerco ao povo da Venezuela sob o bloqueio econômico que está gerando prejuízos econômicos e, como consequência, o agravamento da crise.

– Defende o direito à autodeterminação do povo venezuelano, que elegeu seu governo democraticamente em eleições sérias e transparentes, previamente verificadas por organizações internacionais reconhecidas e elogiadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, e mais recentemente pelo ex-presidente do governo espanhol, José Luis Zapatero, com mais de 5,8 milhões de eleitores.

– Reafirma o compromisso do Fórum de São Paulo de apoiar a paz, em conformidade com a Declaração da CELAC, que em janeiro de 2014 declarou a América Latina e o Caribe como Zona de Paz.

– Expressa sua acolhida e apoio ao Mecanismo de Montevidéu, uma iniciativa do México, Uruguai, Bolívia e Comunidade do Caribe (CARICOM), que busca uma saída baseada nos princípios da não intervenção nos assuntos internos, a igualdade jurídica dos Estados. e a solução pacífica dos conflitos.

– Lembra que organizações internacionais como as Nações Unidas e a Cruz Vermelha Internacional, de desempenho reconhecido em situações de conflito, questionaram e expressaram dúvidas sobre o plano de “ajuda humanitária”, e que sob a liderança dos EUA, as guerras na Síria, Iraque, Líbia. e muitos outros países latino-americanos e caribenhos tiveram um alto preço em vidas humanas.

– Reiteramos nosso apoio e solidariedade ao povo venezuelano, ao presidente Nicolás Maduro, e instamos toda a comunidade internacional a defender a paz, o diálogo e o direito do povo venezuelano à sua soberania e autodeterminação.

Monica Valente

Secretaria-Executiva FSP

São Paulo, 20 de fevereiro de 2019

 

Fonte: Site do Foro de São Paulo

Tradução: Redação do i21

Leia também: