Rússia diz estar preparada para eventual ataque cibernético e militar do Ocidente
A Rússia está informada e preparada para ataques cibernéticos de países ocidentais, a fim de impedir a sua cooperação estratégica com a China, disse nesta terça-feira (18) o secretário do Conselho de Segurança Nacional, Nikolai Patrushev.
Os métodos de guerra híbrida são realmente usados e isso podemos ver claramente, pois para provar a sua existência, não é necessário fazer um esforço especial, disse Patrushev, em um evento de segurança internacional na cidade russa de Ufa, que discutiu também a tática da Otan de “cerco” militar à Rússia.
O fórum conta com a presença de líderes e autoridades do aparato de segurança de mais de uma dúzia de países, incluindo a América Latina.
O Serviço de Inteligência da Rússia está ciente dos planos do Ocidente para realizar ataques cibernéticos contra a infraestrutura de nosso país, disse o chefe do escritório, Serguei Narishkin, no evento.
Segundo o The New York Times, os Estados Unidos estão tentando introduzir programas cibernéticos maliciosos no sistema energético da Rússia, informação que foi negada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em suas declarações, Trump acusou o jornal quase de traição à pátria, embora a direção do jornal considerasse tais qualificações como perigosas e lembrou que o governo sabia sobre o texto publicado.
Com a chegada de Trump à Casa Branca em 2017, as relações entre a Rússia e os Estados Unidos vêm declinando, especialmente após o pacote de sanções aplicadas por Washington contra essa nação eurasiana.
A disputa também inclui a aproximação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) à fronteira com a Rússia, inclusive com militares estadunidenses.
A este respeito, o presidente do Comitê de Relações Internacionais da Duma (câmara baixa russa), Leonid Slutski, informou que Moscou estava pronta para responder ao estabelecimento de bases militares dos EUA nas proximidades das fronteiras russas.
Slutski estava se referindo aos possíveis planos da Casa Branca de instalar bases na vizinha Ucrânia.
O deputado afirma que esses planos foram delineados pelos Estados Unidos nos dias de Piotro Poroshenko, ex-presidente da Ucrânia que perdeu o segundo turno das eleições presidenciais por larga margem para Vladimir Zelensky, em 21 de abril.
Fonte: Prensa Latina, tradução da redação do i21