Boletim i21

Boletim i21 / Agosto – Análises e informações sobre a conjuntura internacional

BASE DE ALCÂNTARA

 

Alcântara: longa marcha para uma base (link)

China, União Soviética, Rússia, Ucrânia e Argentina. Esses são alguns dos países que estabeleceram conversações com o Brasil para o uso da base espacial de Alcântara, no estado do Maranhão.

 

Cientista elogia voto da oposição sobre acordo da Base de Alcântara (link)

China, União Soviética, Rússia, Ucrânia e Argentina. Esses são alguns dos países que estabeleceram conversações com o Brasil para o uso da base espacial de Alcântara, no estado do Maranhão.

 

INTERNACIONALISMO

 

74º aniversário da proclamação da Independência do Vietnã (link)

Em 2 de setembro de 2019, comemora-se o 74º aniversário da proclamação da Independência da República Democrática do Vietnã (como foi chamada naquela data), ocorrida em 1945, e os 44 anos do final da Guerra do Vietnã, em 1975. Artigo de Walter Sorrentino.

 

PCP: Incêndios na Amazônia revelam busca do lucro a qualquer preço (link)

O Gabinete de Imprensa do Partido Comunista Português divulgou, nesta terça-feira (27) uma nota “sobre os incêndios na Amazônia” onde “expressa sua solidariedade com os povos dos países afetados” e denuncia que os incêndios são “um dramático exemplo de como o modo de produção capitalista apenas considera e privilegia, seja face à natureza, como à sociedade, o objetivo do lucro”.

 

PC da Venezuela convoca a “intensificar as ações de solidariedade internacional” contra as ameaças imperialistas (link)

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) integrante do Grande Polo Patriótico, que reúne as forças políticas defensoras da revolução bolivariana, emitiu uma declaração onde denuncia as explícitas ameaças militares do imperialismo contra a Venezuela, “cujo objetivo final é a derrubada do governo legítimo do presidente Nicolás Maduro”.

 

Foro de São Paulo: Vivo, forte e atuante (link)

Ocorreu no último mês de julho, em Caracas, na Venezuela, o XXV Encontro do Foro de São Paulo. O evento reuniu cerca de 700 delegados internacionais e 500 delegados da Venezuela, representando partidos, movimentos e organizações da sociedade civil. Os internacionais vieram de 70 países, representando cerca de 150 organizações e, só pelo fato de terem se inscrito no Foro e se deslocado a Caracas, já se posicionaram politicamente no sentido de serem solidários ao país latino americano que enfrenta violento ataque liderado pela administração Trump, dos EUA.  Artigo de Walter Sorrentino e Ana Prestes.

 

GEOPOLÍTICA

 

O Brasil, a China e a manipulação cambial (link)

Desde o último dia 26 de agosto que o Banco Central vem intervindo no mercado de câmbio com um novo instrumento. Em vez de usar swaps futuros, que ao fim de certo período, geralmente de 30 dias, paga um prêmio ao investidor se o dólar não se elevar, ele passou a vender dólares físicos. Isso impediu que o dólar ultrapasse a taxa de 4,20 reais – um número mágico que tem mais razões psicológicas do que financeiras. Artigo de Lecio Morais.

 

Bloqueio Total

Trump cumpriu as ameaças e no dia 5 de agosto bloqueou a Venezuela economicamente. A determinação é de congelamento de todos os bens do governo venezuelano nos EUA e proibição de transações de empresas e indivíduos com o país. Quem fizer comércio com a Venezuela estará sujeito a sanções. A ação coloca a Venezuela sob embargo econômico de modo semelhante a Cuba, Coreia do Norte, Irã e Síria. A ordem executiva assinada por Trump diz: “todas as propriedades e interesses em propriedades do governo da Venezuela que estão nos Estados Unidos (…) estão bloqueados e não podem ser transferidos, pagos, exportados, retirados ou de outra forma negociados”. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Amazônia no G7

E a crise dos incêndios na Amazônia foi parar na mesa do G7. Na véspera de sediar a cúpula do G7 em Biarritz (de 24 a 26/8), Macron foi ao twitter e disse que “nossa casa está em chamas”, se referiu à Amazônia como pulmão do mundo e disse que a questão dos incêndios estará entre as primeiras pautas da reunião. O premiê canadense Justin Trudeau concordou: “não poderia concordar mais. Trabalhamos muito para proteger o meio ambiente no encontro do G7 no ano passado. Precisamos agir pela Amazônia”. Houve muita polêmica quanto ao twitt de Macron pelo fato dele ter usado uma foto de 2003 e a controvérsia em torno da consideração da Amazônia como “pulmão do mundo”. O vice-presidente Hamilton Mourão entrou na polêmica dizendo que o pulmão do mundo são os oceanos. O candidato a embaixador nos EUA, Eduardo Bolsonaro, respondeu Macron replicando um vídeo em que um youtuber chama o presidente francês de idiota. Já o ministro Lorenzoni, perguntado se iria visitar a Amazonia, disse que ia “ver coisa mais importante”. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Temas quentes do G7

Apesar da cena toda, o que o G7 discutiu pra valer em sua última cúpula não foi a crise sul americana da Amazônia. Inclusive, durante o debate desse tema específico, Trump estava ausente da mesa redonda formada para acomodar os líderes dos países ricos. Os temas quentes foram Irã, Brexit e embate comercial entre EUA e China. Quanto ao Irã, cujo petróleo os europeus querem continuar consumindo, o presidente francês foi ousado, recebeu o chanceler Javad Zarif em Biarritz em reuniões paralelas ao G7. Merkel e Johnson também estiveram com ele. Quanto ao Brexit, continua “hopeless”, pois os europeus não querem renegociar, Johnson quer sair do bloco sem acordo mesmo, mas a tendência no parlamento britânico é não aceitar uma saída abrupta, sem acordo. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

G7, a ruína política (link)

A Cimeira do G7 de Biarritz foi um monumental show político e mostra narcísica. Todos se recordam do descalabro de 2018 com a reunião das principais potências capitalistas a terminar de forma inédita sem comunicado conjunto, entre insultos pessoais. Desde então, o clima de desconcerto não amainou. Artigo de Luís Carapinha.

 

Compra da Groenlândia: Trump não está tão louco quanto parece (link)

O mero fato da Groenlândia ser depositária de 10% da água do mundo leva muitos a pensarem que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não está tão louco como parece ao lançar uma proposta de comprar essa ilha no Ártico. Artigo de Luis Beatón.

 

AMÉRICA LATINA E CARIBE

 

PC Colombiano e União Patriótica: O futuro da Colômbia não pode ser a guerra (link)

O Partido Comunista Colombiano (PCC) e a União Patriótica assinaram, no dia 29 de agosto, uma declaração conjunta diante do anúncio, feito no mesmo dia “por um grupo de ex-dirigentes das FARC-EP de continuar na clandestinidade e persistir na luta armada”.

 

As primárias argentinas e a força da ação política (link)

É importante dizer que Cristina Kirchner foi brilhante em sua tática de não ocupar a cabeça de chapa da Frente de Todos? Sim. Só isso explica a estrondosa votação nas primárias do dia 11? Não. Tem gente no Brasil perdendo tempo com a querela “Kirchner deu ou não uma lição em Lula”? Sim. Isso ajuda a entender o que está ocorrendo na Argentina? Não. Artigo de Ana Prestes.

 

Redobrar a militância para garantir o triunfo no primeiro turno em outubro (link)

Nota do Partido Comunista da Argentina comemora o resultado da PASO e conclama a militância à mobilização para garantir a vitória.

 

Influência dos EUA na eleição uruguaia

No Uruguai, o chanceler Rodolfo Nin Novoa, acusou, no dia 7/8, a administração Trump de tentar influenciar a favor da oposição na campanha eleitoral em curso. Segundo Novoa, “se metem, se imiscuem (na campanha), mas isso não é novidade por parte das embaixadas norte-americanas na América Latina (…) têm a missão divina de qualificar todos os países do mundo”. As declarações vêm no contexto de animosidade com os EUA, país que tem atacado o Uruguai nas últimas semanas dizendo se tratar de uma nação violenta e insegura. O tema da segurança pública é um dos ganchos da oposição à Frente Ampla, que dirige o país há três gestões e busca uma reeleição. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Eleição na Guatemala

No segundo turno realizado no dia 11 de agosto, venceu o candidato da direita conservadora, Alejandro Giammattei com 58,1% dos votos. A ex-primeira dama e candidata Sandra Torres terminou com 41,8% dos votos. Giammattei deve seguir o perfil de gestão de Jimmy Morales. Chamou bastante atenção o grande número de pessoas que deixaram de votar. Somente 42% dos cidadãos exerceram o direito ao voto. Todo o processo eleitoral foi bastante conturbado, com vários postulantes ao cargo impedidos de concorrer por manobras do governo. Uma das candidatas no primeiro turno das eleições, a indígena Thelma Cabrera, foi das que mais denunciou o uso do poder econômico e político para inviabilizar eleições justas. Pouco antes do segundo turno, Morales assinou um acordo migratório com os EUA que praticamente transforma o país em uma prisão para migrantes centro-americanos que tentam chegar aos EUA. O novo presidente toma posse apenas em janeiro de 2020. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

A Chancelaria de Bolsonaro (link)

No mesmo dia em que acenou com um recuo na indicação do seu filho para a embaixada em Washington, Jair Bolsonaro disse que o Brasil reconheceria, oficialmente, o Hezbollah como uma organização terrorista, “igual ao MST”. Se alguém imaginava que um outro embaixador poderia vir a mitigar o atrelamento do Brasil à política externa americana, ali estava o presidente da República para dizer que não. Artigo de Maria Cristina Fernandes.

 

Dois anos sem respostas

No dia 1º. de agosto completaram-se dois anos do desaparecimento do argentino Santiago Maldonado, encontrado morto no rio Chubut em 17 de outubro de 2017. Ele desapareceu após perseguição policial contra manifestantes, entre os quais ele se encontrava, na região de Pu Lof de Cushamen. O caso mobilizou imensamente a sociedade argentina que historicamente luta contra o desaparecimento forçado de seus militantes. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

EUA

 

Bernie Sanders se fortalece na disputa presidencial dos EUA

O senador democrata Bernie Sanders lidera pesquisa do Partido Democrata no estado de New Hampshire e bate Donald Trump na pesquisa nacional por uma diferença de 10%. Artigo de Guilherme Arruda.

 

Trump e Bolsonaro tergiversam sobre armas nas mãos de civis após tiroteios

Nos EUA, 29 pessoas morreram durante primeiro final de semana de agosto em massacres ocorridos no Texas e em Ohio. Trump demorou bastante para aparecer após os ataques e quando o fez disse que muito já foi feito mas há “que se fazer mais” sobre a situação, sem precisar. O tiroteio de sábado (3/8) foi em El Paso, no Texas, e deixou 20 pessoas mortas e o de domingo (4/8) foi em Dayton, Ohio e vitimou 9. Os EUA tem uma população de 327 milhões de pessoas e há notícias de que mais de 850 milhões de armas de fogo está em mãos de civis no país. Desde o início de 2019, houve 251 tiroteios massivos no território norte-americano, segundo o Gun Violence Archive, fundado em 2013. Do Brasil, Bolsonaro se pronunciou sobre os ataques ao dizer: “desarmar o povo, não evita ataques”. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

ÁSIA

 

Hong Kong, a luta geopolítica e a soberania da China (link)

Os acontecimentos na ex-colônia britânica – desde 1997 uma Região Administrativa Especial da China, integrada ao território e à estrutura jurídica e política soberana da República Popular – concentram as atenções da opinião pública internacional e de governos de todos os quadrantes. Artigo de José Reinaldo.

 

EUROPA

 

Partido Comunista Português: Desenvolvimento econômico é objetivo central (link)

No Capítulo 2 do seu Programa Eleitoral às eleições legislativas de outubro, o Partido Comunista Português (PCP) aponta o caminho para concretizar um dos eixos centrais da sua proposta política: o desenvolvimento econômico do País, assente no pleno emprego e na valorização do trabalho, no crescimento sustentado e vigoroso da economia e numa firme aposta na produção nacional.

 

EURÁSIA

 

Resposta Simétrica

Putin prometeu “resposta simétrica” a teste de míssil dos EUA segundo a agência France Press. O presidente russo se refere ao recente teste realizado pelos EUA de um míssil de alcance médio, o primeiro executado pelo país desde a Guerra Fria. Em uma reunião do Conselho de Segurança, Putin teria dito: “ordeno os ministérios russos da Defesa e das Relações Exteriores que examinem o nível da ameaça para nosso país pelos atos dos Estados Unidos, e que sejam adotadas medidas exaustivas para preparar uma resposta simétrica”. Por sua vez, os americanos, através do secretário de defesa, Mark Esper, deram a entender que o recente teste com míssil de cruzeiro tinha como objetivo conter o crescente arsenal de mísseis de alcance intermediário da China. Segundo Esper, “nós queremos assegurar que podemos deter o mau comportamento chinês por meio da nossa própria capacidade de atacar em alcances intermediários”. O lançamento do míssil ocorreu no domingo, 18, poucos dias após ter expirado, em 2 de agosto, o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário entre os EUA e a Rússia.

 

LUTA PELA PAZ

 

Entre sanções à Venezuela e a promoção do Brasil a aliado da OTAN, resistimos (link)

Enquanto os povos da América Latina e Caribe mobilizam-se em resistência constante contra avanços autoritários, reacionários e imperialistas pela região, os obstáculos que devemos transpor se acumulam. Artigo de Socorro Gomes.

 

 

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