Boletim i21

Boletim i21 / Março-Abril 2020 – Análises e informações sobre a conjuntura internacional

Especial “A Batalha da China contra o coronavírus”

O i21 publicou em 10 partes a íntegra do Livro “A Batalha da China contra o coronavírus – um relatório de atividades diárias de 23 de janeiro a 23 de fevereiro”, trazendo a íntegra do texto publicado, no Brasil, pela editora Contraponto, com tradução de Gaio Doria. O livro oferece um precioso registro de como a China lidou com o período mais duro da pandemia que assola (e muda) o mundo em que vivemos. O especial com os 10 capítulos foi reunido agora neste PDF. Clique para baixar.

 

Geopolítica

 

Walter Sorrentino: A grande balbúrdia do capitalismo (link)

A economia mundial está em chamas mais uma vez. O mundo amanheceu com terrível queda nas bolsas, além da crise do COVID-19. Artigo de Walter Sorrentino.

 

Coronavírus, gripezinha que vai morrer em abril

Neste início de março (11/03), Trump e Bolsonaro lideram a lista das autoridades públicas que desdenham do coronavírus enquanto a população tenta tomar medidas básicas de precaução. Ainda em solo americano, Bolsonaro disse à imprensa de Miami que a crise do coronavírus não é isso tudo e que é muito mais uma fantasia propagada pela mídia. Já Trump disse que em abril a crise acaba porque o “calor costuma matar esse tipo de vírus” e se negou a fazer o teste após estar em uma reunião com republicanos que tinha uma pessoa infectada. Dois deputados republicanos estão voluntariamente em quarentena após participarem dessa reunião. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Clã Bolsonaro ataca a China e prejudica interesses nacionais (link)

No dia 18 de março o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos membros do “clã Bolsonaro” que comanda a República, partiu para o ataque contra a China. A resposta do gigante asiático, através de sua embaixada, foi imediata e contundente. Artigo de Wevergton Brito Lima.

 

Mundo pós pandemia: Painel da visão liberal-conservadora estadunidense (link)

A Revista Foreign Policy (Política Externa) é uma influente revista dos EUA especializada em relações internacionais, fundada em 1970. No artigo “Como será o mundo depois do Coronavírus”, publicado no site da revista no dia 20/03, 12 especialistas em política externa – a maioria composta por liberais – no sentido que a palavra liberal tem nos EUA – opinam, em textos curtos, sobre o cenário pós-pandemia.

 

Acordo EUA x Taliban

Quase duas décadas após o “11 de setembro de 2001”, os EUA assinam um acordo com o grupo Taliban do Afeganistão. Calcula-se que 3 trilhões de dólares foram gastos com a guerra americana no país. E o que parece ser prenúncio de uma retirada absoluta das tropas americanas do país, não é bem assim. As tropas serão reduzidas de um contingente de 13 mil para 8.600 e somente daqui um ano e meio. Por outro lado, o presidente eleito do Afeganistão, mas não reconhecido pelo Taliban, Ashraf Ghani, afirmou um dia após a assinatura do acordo em Doha, ontem (1°/3) que não vai libertar os cerca de 5 mil prisioneiros talibans conforme consta no acordo. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

O enigma do “acordo de paz” do Afeganistão (link)

No que se trata do Afeganistão da realpolitik, as forças armadas dos Estados Unidos, com ou sem acordo, querem permanecer nessa valiosíssima base do Grande Oriente Médio, a partir da qual elas poderão empregar suas técnicas de guerra híbrida. Artigo de Pepe Escobar.

 

Preço do petróleo despenca

Queda do preço do petróleo chegou a 34% na madrugada do dia 08/03, pior baixa desde o final da Guerra do Golfo em 1991. A queda é resultado de uma disputa no âmbito do mercado do petróleo entre a OPEP e a Rússia. Com a crise do coronavírus, a demanda por petróleo aumentou e a preocupação com a superprodução levou a OPEP a propor uma regulação para diminuir a produção mundial. Só que a Rússia (que não é membro da OPEP) não aceitou. Foi aí que os sauditas resolveram lotar o mercado de petróleo, aumentando sobremaneira a oferta e fazendo o preço cair muito. No início do dia 09/03 as bolsas asiáticas já abriram em queda, no Japão a queda foi de 5,1%, em Hong Kong, 4,2% e Shangai 3%. Na Europa a queda foi ainda maior, Londres com 8,52% de perda e Frankfurt 7,5%. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

“Teremos o direito de comprar ferro velho”, diz Amorim sobre acordo militar com EUA (link)

O governo Bolsonaro assinou, no dia 8/03, na Flórida, um acordo militar com os Estados Unidos com o objetivo de ampliar a entrada do Brasil no mercado de defesa norte-americano, o maior do mundo. A decisão ocorreu durante uma viagem do presidente brasileiro ao país, que contou com reuniões com Donald Trump. Artigo de Lu Sodré.

 

Itália recebe apoio da China para combater o coronavírus (link)

A Itália recebeu da China, no dia 12 de março, um avião carregado com 30 toneladas de suprimentos médicos e uma equipe de nove especialistas que ajudarão a combater o novo coronavírus.

 

Na Europa fechada pelo vírus, a UE abre as portas ao exército dos EUA (link)

Os Ministros da Defesa dos 27 países da União Europeia (EU), 22 dos quais são membros da Otan, reuniram-se nos dias 4 e 5 de março, em Zagreb, na Croácia. O tema central da reunião (na qual participou, em representação da Itália, o Ministro Guerini do Partido Democrata) não foi o de como lidar com a crise do Coronavírus, que bloqueia a mobilidade civil, mas como aumentar a “mobilidade militar”. O teste decisivo é o exercício Defender Europe 20 (Defensor da Europa 2020), em abril e maio. Artigo de Manlio Dinucci.

 

Cuba dando lições de solidariedade

A sempre pequenina e bloqueada ilha de Cuba continua dando lições ao mundo. No dia 16 de março o governo do país, através de seu ministro de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, aceitou que um cruzeiro britânico MS Braemar atracasse. O cruzeiro tem a bordo pessoas infectadas com Covid19. Segundo o chanceler, a medida é uma resposta à uma emergência de saúde e não fazê-lo poderia oferecer risco de vida às pessoas adoecidas. Os passageiros, em sua maioria britânicos, posteriormente serão trasladados de volta ao Reino Unido por via aérea. O navio vem tentando atracar em outros países desde o dia 13 de março. São 682 passageiros e 381 membros da tripulação, na maioria britânicos, mas há também canadenses, australianos, belgas, colombianos, irlandeses, italianos, japoneses, holandeses, neozelandeses, noruegueses e suecos. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Coronavírus: China trava guerra híbrida com EUA (link)

Entre os inumeráveis efeitos geopolíticos do coronavírus, que são impressionantes, um já é graficamente evidente. A China se reposicionou. Pela primeira vez desde o início das reformas de Deng Xiaoping em 1978, Pequim considera abertamente os EUA como uma ameaça, como declarado há um mês pelo ministro das Relações Exteriores Wang Yi na Conferência de Segurança de Munique durante o auge da luta contra o coronavírus. Artigo de Pepe Escobar.

 

Caminho Húngaro

Enquanto por aqui nas Américas, os EUA se aproveitam da crise do coronavírus para avançar sobre a Venezuela, na Europa o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán (foto), desde o dia 30/03, tem direito a governar por decretos por tempo ilimitado. Foi aprovada pelo parlamento húngaro uma lei que lhe dá esse direito usando a pandemia como justificativa. Na prática foi um golpe contra a democracia “com supremo com tudo”. Parlamento e Judiciário apoiaram. A Hungria é até agora o país europeu menos atingido pelo coronavírus, com 525 casos e 20 mortes. Alguns cientistas políticos têm usado o termo “autocracia eleitoral” para designar o status da Hungria. Na nova lei que dá super poderes a Orbán está prevista a prisão de até cinco anos para quem difundir informações que o governo considere incorretas sobre a pandemia e oito anos de prisão para quem desrespeitar a quarentena. No dia 3103 a presidente da comissão europeia, Ursula von der Leyen, fez um alerta, sem nominar a Hungria, que a luta contra o coronavirus não pode se tornar uma luta contra a democracia. A líder também defendeu a liberdade de imprensa. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Cônsul da China escreve carta aberta demolidora a Eduardo Bolsonaro (link)

Foi divulgada, no dia 03/04, uma demolidora carta aberta de Li Yang, cônsul-geral da China, dirigida ao Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). É uma carta que merece ser lida com atenção. O tom chinês, usualmente moderado, vai, pouco a pouco, subindo a escala, mostrando que a China tem paciência, mas paciência tem limite.

 

Walter Sorrentino – Links de vídeos com comentários sobre Geopolítica

Coronavírus e a crise econômica mundial

Recessão e acirramento da disputa EUA-China

América Latina e a pandemia

A Pandemia e o impacto na economia mundial

A politização inescrupulosa da pandemia por Trump e Bolsonaro

Em meio à pandemia, um momento para homenagear Lênin

 

América Latina e Caribe

 

Venezuela se nega a esvaziar Embaixada e diz que EUA manda na Política Externa do Brasil (link)

“Único propósito é enganar a opinião pública deste país, para dissimular sua aberta subordinação ao governo estadunidense que hoje rege a outrora prestigiosa política externa brasileira”.

 

Lula, Cidadão Honorário de Paris

Lula recebeu, no dia 02/03, na França, o Título de Cidadão Honorário de Paris. Menos de 20 pessoas possuem o título que foi criado em 2001. A honraria, “atribuída excepcionalmente para pessoas que se destacaram particularmente na defesa dos direitos humanos” aprovada pelo Conseil de Paris em outubro passado foi entregue pela prefeita da cidade, Anne Hidalgo que em seu discurso lembrou ao presidente que aqueles mesmos salões da Prefeitura de Paris haviam assistido a momentos históricos da república francesa. Ao fim de seu discurso, Hidalgo que está em campanha por sua reeleição para a prefeitura, disse: “um dia o povo brasileiro retomará seu destino democrático”. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Uruguai anuncia saída da Unasul

O novo ministro de relações exteriores do Uruguai, Ernesto Talvi (foto), anunciou no dia 10/03 a saída do país da Unasul e seu regresso ao TIAR (tratado interamericano de assistência reciproca) como sinal de alinhamento com países como Brasil, Chile e Colômbia, aliados dos EUA na região. O TIAR, em especial, está sendo usado pelos EUA para desestabilizar a Venezuela e viabilizar uma intervenção militar no país. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Almagro reeleito, México protesta

E o uruguaio Luis Almagro conseguiu se reeleger para Secretário Geral da OEA. Os EUA participaram ativamente chantageando os países votantes. Uma das pressões foi feita sobre o embaixador do Peru nos EUA, Hugo de Zela, para que retirasse sua candidatura, o que poderia fracionar os votos de Almagro. A oponente de Almagro foi a ex-chanceler equatoriana María Fernanda Espinosa. Ele teve 23 votos e ela 10. México e Argentina votaram nela. A representante do México na votação, Luz Elena Baños Rivas (foto), fez uma dura fala com relação ao papel de Almagro na instabilidade política latino-americana no último período. Entre outras coisas, ela disse: “o senhor (Almagro) inicia seu segundo período (secretaria geral da OEA) com falta de apoio, sem falar no rechaço de um grupo importante de Estados. Sua eleição é uma patética expressão do que qualquer Missão de Observação Eleitoral (MOE) observaria como práticas danosas. Expressa o aprofundamento das diferenças e das fraturas no hemisfério.” Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Equador: nem sequer conseguiremos contar os mortos (link)

Muitos de nós vimos as cenas dantescas de corpos jogados nas ruas, cadáveres sendo queimados e abutres voando sobre Guayaquil. Artigo de Pilar Troya Fernández.

 

Eleições adiadas

Nove países da América Latina já adiaram eleições presidenciais, regionais, municipais ou referendos por conta da pandemia do coronavírus. O caso mais dramático é o da Bolívia que tinha eleições presidenciais marcadas para o dia 3 de maio e vive uma grande instabilidade política desde a deposição forçada do presidente e vencedor das eleições de 2019, Evo Morales. As eleições ainda não têm nova data. No Chile, trata-se do referendo sobre a elaboração de uma nova Constituição. Por enquanto foi adiado de abril para o final de outubro. Nos casos da Argentina, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai foram suspensas as eleições municipais, ainda sem data prevista para acontecerem. Na República Dominicana as eleições presidenciais seriam dia 17 de maio e foram prorrogadas para 5 de julho. Já na Venezuela, as eleições legislativas foram prorrogadas para dezembro. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Argentina abandona negociações de acordos comerciais dentro do Mercosul

O anúncio foi feito no dia 27/04 pelo Paraguai que hoje preside o Mercosul. Uma das principais regras do Mercosul e um dos seus pilares é que tratados comerciais com terceiros só podem ser fechados se todos os países do bloco estiverem de acordo. O presidente argentino, Alberto Fernández, argumenta que a pandemia do coronavírus impossibilita a Argentina de seguir nas negociações. A decisão não atinge tratados fechados com a Associação Europeia de Livre Comercio (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) e com a União Europeia (27 países). Mas pode afetar acordos em fase de negociação com Canadá, Coreia do Sul, Cingapura, Líbano e Índia. A batida em retirada das negociações por parte da Argentina é resultado de um conflito intrabloco durante a pandemia do coronavírus. O Governo de Fernández diz que optou por priorizar a proteção dos mais pobres e das empresas argentinas locais durante a pandemia. E, segundo ele, faz isso “em contraste com as posições de alguns parceiros, que propõem uma aceleração das negociações para acordos de livre comércio (citados acima).” Deste modo, Fernández demarca ainda mais uma fronteira entre ele e Bolsonaro, Marito e Lacalle Pou. Sem a assinatura dos quatro, qual acordo terá validade? Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

EUA

 

Covid-19 nos EUA: O terror da realidade supera a ficção (link)

E no centro de tudo, um presidente como Donald Trump, que construiu seu poder sobre a polarização e o isolamento, lidera a resposta a uma crise que, mais do que nenhuma outra, requer unidade e cooperação”.

 

Covid-19 e as dez razões para uma catástrofe americana (link)

Quando Marx escreveu que “há algo podre na essência de um sistema que aumenta a riqueza sem diminuir a miséria”, não poderia ter imaginado o engenho com que esse sistema conseguiria esconder tanta miséria sob a casca da riqueza. Mas a pandemia veio revelar como é frágil a casca e podre o seu interior. Artigo de António Santos.

 

Bernie desiste e Biden será o candidato democrata

O Senador Bernie Sanders, do Partido Democrata, desistiu de concorrer à vaga de candidato dos democratas nas eleições presidenciais de 2020. Sua saída sela a candidatura de Joe Biden, ex vice-presidente durante o mandato de Obama. Em reconhecimento ao papel de Sanders na corrida, Biden disse: “Bernie fez algo raro em política. Ele não tocou apenas uma campanha política, ele criou um movimento. Ele e seus eleitores mudaram o diálogo que temos na América”. Na live feita no dia 8/4 para anunciar a desistência, Sanders falou justamente para seu movimento, conhecido pelo slogan da campanha: “Not me. Us” (Não eu. Nós). Agradeceu aos mais de 10 milhões que contribuíram financeiramente para a campanha com uma média de 18 dólares por doação. Seu movimento é formado especialmente por jovens, que Sanders diz ser o futuro político da América. Em seu discurso ele se comprometeu a apoiar Biden, disse que agora vai aproveitar o tempo para trabalhar duro no Senado com medidas para salvar vidas de americanos durante a epidemia e mostrar como são equivocadas as opções dos republicanos. Disse que termina a campanha, mas não termina a luta pela renda básica e a assistência à saúde de forma universal. Enquanto Sanders fazia um discurso sério e visivelmente emocionado, Trump tripudiava no twitter. Disse que a culpa do descenso de Sanders foi da senadora Elizabeth Warren, por não ter desistido da corrida antes da super terça e convidou os apoiadores do senador a virem para o Partido Republicano. Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Ásia

 

Neoliberalismo e o exemplo da China na crise econômico-sanitária (link)

Antes do aparecimento do novo Coronavírus (Covid-19) a economia mundial já passava por um momento de fragilidade e turbulência. Em 2019 o crescimento do PIB global ficou em 2,9%, seu nível mais baixo desde 2008 quando eclodiu a crise financeira. Artigo de Marcelo Pereira Fernandes.

 

Wuhan: Duas singelas histórias de amor (link)

O combate ao coronavírus em seu epicentro inicial, Wuhan, também teve gestos de solidariedade e amor, como mostram duas pequenas histórias. Artigo de Wevergton Brito Lima.

 

Nepal: passos cautelosos (link)

Há mais de cinquenta anos, Madhav Nepal participa do movimento comunista de seu país. Ele entrou no movimento em 1966 quando estudante e desde então foi líder de vários partidos comunistas, Primeiro-Ministro do Nepal, e é agora uma das principais lideranças do Partido Comunista do Nepal (PCN).

 

Europa

 

União Europeia materializa a contradição entre neoliberalismo e solidariedade (link)

Pauta das análises tanto de forças políticas progressistas quanto nos próprios meios de comunicação convencionais é o obstáculo que a natureza da União Europeia (UE) coloca ao enfrentamento à pandemia de Covid-19. Artigo de Moara Crivelente.

 

Oriente Médio

Israel sai da terceira eleição em meses com vitória da direita racista, avanço dos democratas e derrota dos Trabalhistas (link)

Enquanto alguns tentam elucidar a sobrevivência de Benjamin Netanyahu na liderança de Israel e sua vitória eleitoral anunciada nesta terça-feira (3) —embora novamente pendente da capacidade de formar um governo, confirma-se o avanço histórico da Lista Conjunta de partidos de maioria palestina e de judeus democratas, de esquerda. Mas registra-se ainda outro resultado estrondoso: o declínio dos Trabalhistas, que foram por décadas o motor do sionismo, da colonização da Palestina. Artigo de Moara Crivelente.

 

Israel: “Gantz escolheu legitimar a anexação, o racismo e a corrupção” (link)

O acordo anunciado por Benjamin Netnyahu e Benny Gantz no dia 20/04 para a formação do governo de Israel traz a incógnita da “instabilidade” dessa coalizão entre rivais —embora não estejam em espectros opostos— e a certeza da continuidade do estado de coisas, na emergência declarada em tempos de pandemia. Artigo de Moara Crivelente.

 

A terra palestina e o nascimento de um mundo melhor (link)

30/03 é o Dia da Terra Palestina, data em que lembramos a greve geral e as passeatas da população palestina – da Galileia ao Al Náqab – em 30 de março de 1976. Esses protestos, contra a expropriação de terras palestinas pelo governo israelense para a construção de assentamentos judaicos, foram duramente reprimidos pela polícia e pelo exército de Israel. Seis árabes foram mortos e centenas ficaram feridos e/ou foram presos. Artigo de Ualid Rabah.

 

Internacionalismo

 

93 partidos revolucionários de todo mundo afirmam: Honramos Lênin! (link)

Por iniciativa do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários (EIPCO) foi divulgada, no dia 22 de abril, uma declaração conjunta em homenagem ao 150º aniversário de nascimento de Lênin. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é um dos signatários.

 

Lênin, o gênio da práxis revolucionária (link)

Homenagem do PCdoB aos 150 anos de nascimento de Lênin. Nota da Comissão Executiva Nacional.

 

PCdoB: A luta pela vida e pela paz em tempos de pandemia (link)

Com o surgimento da pandemia de COVID-19, a humanidade passou a enfrentar um dos maiores desafios de toda a sua história, que afeta todas as nações e traz à luz do dia os gravíssimos problemas estruturais resultantes do funesto neoliberalismo. Suas vítimas são fundamentalmente os trabalhadores e trabalhadoras e as nações empobrecidas pelas políticas de austeridade e neocoloniais e de restrição às liberdades democráticas. Nota da Comissão Executiva Nacional do PCdoB.

 

Covid19: 230 partidos de 100 países fazem apelo por cooperação mundial (link)

Por iniciativa do Partido Comunista da China, 230 partidos políticos de mais de 100 países assinaram uma declaração conjunta sobre a necessidade de colaboração internacional para enfrentar a luta contra o Covid-19 e suas consequências em todo o planeta. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) é um dos signatários.

 

Os 45 anos do fim da Guerra de Libertação do Vietnã (link)

Exatamente às 13 horas do dia 30 de abril de 1975, o porta-voz da administração fantoche do Vietnã do Sul, Duong Van Minh, então denominado presidente da administração de Saigon, conclamava a todos os seus soldados a depor suas armas e incondicionalmente se render ao Exército de Libertação, dissolvendo a administração central em todos os níveis e cedendo o poder ao Governo Revolucionário Provisório da República do Vietnã do Sul.  Em seguida o representante do Exército de Libertação declarou alto em bom som: “Em nome do Exército de Libertação, aceito a rendição incondicional”. Artigo de Pedro Oliveira.

 

PCdoB solidário ao povo chinês (link)

Em nota assinada pela presidenta nacional, Luciana Santos, e pelo vice-presidente e Secretário de Relações Internacionais, Walter Sorrentino, o PCdoB expressou seu apoio ao povo chinês diante dos ataques do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que atribuí a China a responsabilidade pela disseminação da pandemia do coronavírus, o que o PCdoB considera “absolutamente torpe e inconsequente”.

 

Foro de SP: Crise não pode ser paga pelos trabalhadores (link)

O “Regional Sul” do Foro de SP, que reúne partidos e organizações de esquerda e progressistas da América do Sul, reuniu-se em vídeo conferência no dia 23 de abril. Do Brasil, participaram o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ao final, aprovou-se um pronunciamento conjunto.

 

Partidos Comunistas expressam solidariedade ao PC do Chile (link)

 

O ataque à sede do Comitê Central do Partido Comunista do Chile, no dia 10/03, gerou um imediato movimento de solidariedade. Sete partidos comunistas da América do Sul assinaram uma declaração conjunta condenando o ataque. Leia, abaixo, a íntegra.

 

Covid-19: PCs da América do Sul fazem declaração conjunta (link)

No dia 29/03, 12 partidos comunistas sul-americanos, entre eles o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), divulgaram uma declaração conjunta sobre a epidemia do coronavírus. Os Partidos Comunistas exigem que sejam garantidos “os direitos dos trabalhadores, desempregados e subempregados” e constatam que “a experiência atual põe em relevo a natureza antissocial e parasitária do neoliberalismo e destaca a superioridade da intervenção do estado nas áreas vitais de qualquer nação e o planejamento com base nas necessidades populares, além de demonstrar que intervenção e planejamento não podem ser governados pela lógica mesquinha do capitalismo”.

 

PCdoB lamenta morte de histórico líder sandinista Jacinto Suárez (link)

Faleceu no dia 02/04 o histórico líder sandinista, Jacinto Suárez Espinoza, 73 anos, veterano da revolução nicaraguense, deputado da Assembleia Nacional da Nicarágua. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em nota assinada pelo Secretário de Relações Internacionais, Walter Sorrentino, registrou que Jacinto “foi um entusiasta da cooperação e da ação conjunta entre as forças de esquerda da América Latina e do Caribe. Em especial através do Foro de São Paulo que frequentou com assiduidade desde sua fundação”.

 

Luta Pela Paz

 

Cebrapaz exige fim das ameaças e sanções contra a Venezuela (link)

O Cebrapaz divulgou, no dia 19/04, uma nota assinada por seu presidente nacional, Jamil Murad, em função do dia de ação mundial de solidariedade à Venezuela.

 

O Outro Vírus (link)

O coronavírus COVID-19 vai ser culpado dos males do mundo e talvez venha a justificar (Financial Times, 6.3.20) “empréstimos baratos aos bancos […e] uma injeção coordenada de liquidez no sistema bancário” (não deveria ser nos Sistemas Nacionais de Saúde?). Mas outro vírus, muito mais perigoso e mortal, está a alastrar: o vírus do belicismo imperialista, que ameaça a sobrevivência da Humanidade. Artigo de Jorge Cadima.

 

Socorro Gomes: Cuba solidária dá exemplo ao mundo frente à pandemia (link)

Diante dos desafios globais no combate à pandemia de coronavírus, desvelando gravíssimas limitações nos sistemas de saúde de vários países e expondo a natureza desumana do neoliberalismo e do imperialismo, a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) Socorro Gomes emitiu uma nota no dia 19/03 para saudar a demonstração de Cuba de que só é possível lidar com o desafio de forma solidária.

 

Trump ofende a humanidade ao intensificar sanções contra o Irã (link)

O presidente Donald Trump anunciou no dia 18/03 o reforço das sanções dos Estados Unidos contra o Irã, um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus, com milhares de casos confirmados. O movimento da paz internacional reagiu de forma contundente contra mais esta medida criminosa do governo Trump.

 

Um apelo atual para a luta contínua contra as armas nucleares (link)

Em março de 1950, o Conselho Mundial da Paz (CMP) lançava o seu Apelo de Estocolmo, a primeira campanha global de uma organização composta por entidades de todos os continentes comprometidas com a luta contra a guerra e todas as formas de opressão e dominação. Sua vigência é comprovadamente atual: as tensões crescem à medida que as ameaças de guerra e as agressões em curso multiplicam-se e a “modernização” de arsenais nucleares acelera. Artigo de Socorro Gomes.

 

Conselho Mundial da Paz repudia acusação dos EUA a autoridades e o agravamento da ofensiva à Venezuela (link)

O Secretariado do Conselho Mundial da Paz (CMP) repudiou, no dia 26/03, a acusação feita no mesmo dia pela Procuradoria-Geral dos Estados Unidos contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro e 14 outras autoridades venezuelanas de “narco-terrorismo, corrupção, tráfico de drogas”, entre outras. A medida agrava sobremaneira a ofensiva imperialista contra a Venezuela, já em contexto de gravíssima crise diante do prolongado cerco e ameaças contra o país e no quadro da pandemia de coronavírus.

 

Organizações brasileiras repudiam ameaça militar contra a Venezuela (link)

O Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela divulgou, no dia 03/04, um manifesto em repúdio a escalada de ameaças contra a República Bolivariana da Venezuela promovida pelo imperialismo americano.

 

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