Luta dos povos

Anulação das condenações de Lula repercute pelo mundo

Manifestantes "Lula Livre" em Paris

A decisão desta segunda-feira (8) do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular todos os atos processuais envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Lava Jato de Curitiba, já repercute pelo mundo.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, que ao vencer a eleição no país vizinho tirou foto fazendo o símbolo de “Lula Livre”, tuitou: “As sentenças proferidas contra Lula com o único propósito de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política foram anuladas. Justiça feita, Lula livre”.

O também argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz, festejou: “Lula livre, inocente e candidato em 2022”. Para o pacifista, o que houve foi uma “guerra judicial” contra Lula. “Foi lawfare e sua prisão representou um golpe para a democracia no Brasil. (Jair) Bolsonaro não é um presidente legítimo”, afirmou.

O site Opera Mundi destacou que a anulação, que devolve os direitos políticos a Lula, foi notícia em veículos como o The Guardian (“A decisão, que os analistas chamaram de bomba política, significa que Lula, quase certamente, desafiará o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, nas eleições presidenciais de 2022“),  Al Jazeera (“decisão de Fachin abre as portas para Lula concorrer em 2022“), o Le Monde (“Dois anos e meio depois, em pesquisa recente, Lula parece ser o único capaz de derrotar o presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições de 2022“), entre outros.

No Brasil, o ex-chanceler Celso Amorim, presidente do Comitê Internacional Lula Livre, divulgou uma nota:

Além da alegria, não deixo de sentir uma certa emoção pelo trabalho que fizemos juntos, que quero compartilhar com todos os membros do Comitê aqui e pelo mundo afora. Mesmo sem superestimar o impacto de nossas ações, vejo a decisão de hoje, também, como uma vitória coletiva de todos os democratas que lutaram por esse objetivo. Alguns já se foram, como o nosso Kjeld. Mas seguirão nos inspirando. Como diziam os companheiros da Frelimo: a luta continua e a vitória é certa!”.

Já Walter Sorrentino, Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), um dos partidos fundadores do Comitê, também festejou a decisão, mas chamou a atenção para a necessidade de enfrentar a questão sobre a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro.

Importante vitória foi alcançada hoje com a decisão do Ministro Edson Fachin do STF reconhecendo a ilegitimidade de Sérgio Moro se considerar juiz universal. É uma clara demonstração de que o julgamento de Lula teve ilegitimidades. Mas a luta continua: para completa salvaguarda do sistema judicial e do Estado democrático de direito se exigirá, também, que seja desmascarada a gritante parcialidade do juiz Moro no julgamento de Lula. Esse é o HC impetrado pela defesa de Lula, que aparentemente ficou sem objeto. A luta continua, pela suspeição de Moro nos processos contra Lula. O que não pode é acobertar a República de Curitiba”.

Da redação, com informações de Prensa Latina e Opera Mundi

 

 

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