PCdoB exige respeito à soberania da República Bolivariana da Venezuela
Diante das ameaças e dos ataques que recrudesceram contra a República Bolivariana da Venezuela, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) divulgou, nesta terça-feira (6), um pronunciamento assinado pela Secretária de Relações Internacionais da legenda, Ana Prestes, no qual exige respeito à soberania do país irmão e convoca a intensificar à solidariedade. Leia, abaixo, a íntegra do texto.
PCdoB exige respeito à soberania da República Bolivariana da Venezuela
Brasília, 6 de fevereiro de 2024
A Venezuela volta a ser alvo de cerrados ataques, repercutidos e incentivados pela máquina de propaganda a serviço do imperialismo.
O pretexto da vez é a inabilitação de uma pré-candidata à presidência da República, chamada María Corina Machado.
Corina foi julgada pelo Tribunal Supremo de Justiça, a mais alta corte venezuelana, e condenada por crimes que em qualquer país do mundo (Brasil e EUA, inclusive) iriam muito além da inabilitação para concorrer a cargos eletivos.
Nos diálogos de Barbados, entre Governo e oposição, estabeleceu-se o compromisso de julgamento célere pelo TSJ de todos os recursos contra inabilitações. No documento, assinado no dia 30/10/2023, pelos representantes da Noruega (que mediou o diálogo), do governo e da oposição, chamado de “Procedimento Para a Revisão das Medidas de Inabilitação”, está claramente expresso, no item 4, alínea C, que todos os signatários do acordo se comprometem a “Respeitar, no contexto constitucional, a decisão do Tribunal Supremo de Justiça que resultar deste recurso.”
Saudamos a disposição do Governo do Presidente Nicolás Maduro de seguir valorizando o diálogo com a oposição, ao mesmo tempo em que defende a independência do seu país e de suas instituições de Estado, não se dobrando diante das novas ameaças estadunidenses de reviver e adicionar sanções para sufocar a economia Venezuela.
Ao mesmo tempo, denunciamos que a fala do porta-voz do Departamento de Defesa da Casa Branca, dizendo que os EUA têm “opções à sua disposição” é uma clara ameaça à paz e a estabilidade da América Latina, sendo indispensável toda a solidariedade ao país irmão.
Como nos ensina a República Bolivariana da Venezuela, soberania não se negocia.
Ana Prestes
Secretária de Relações Internacionais do Comitê Central