Eleitores democratas não querem reeleição de Biden
Três em cada quatro democratas não querem que Joe Biden seja o candidato presidencial do partido nas eleições de 2024 nos Estados Unidos, segundo uma nova pesquisa citada nesta quarta-feira (27) na imprensa estadunidense.
Os entrevistados apontam para uma rejeição à ideia da reeleição do presidente e veem dificuldade para Biden derrotar um candidato republicano, refletiu a pesquisa realizada pela rede CNN.
Por sua vez, 55% dos entrevistados republicanos também não são a favor da eventual candidatura do ex-presidente Donald Trump para a disputa.
Isso é um aumento de seis pontos em relação a uma pesquisa no início deste ano, na qual 49% dos entrevistados republicanos expressaram o desejo de buscar outro candidato para a próxima corrida à Casa Branca.
Quase todos os consultados (94%) consideraram que a democracia americana foi atacada (54%) ou está em causa (40%).
Uma pesquisa realizada entre prováveis eleitores nas primárias democratas de 2024 em New Hampshire revelou que o secretário de Transportes Pete Buttigieg recebeu um pouco mais de apoio do que Biden.
Para o ocupante do Salão Oval, as estatísticas sobre o apoio à sua gestão não sobem. De acordo com a FiveThirtyEight, a desaprovação de Biden varia de 54 a 58%.
Os resultados do estudo corroboram o que uma pontuação de opinião da Harvard CAPS-Harris Poll refletiu no início deste mês em números redondos: sete em cada 10 americanos se opõem a um segundo mandato de Biden.
Alguns acharam que o fator idade importa, outros que ele é um mau governante e uma parte achou que é hora de uma mudança.
“O presidente Biden pode querer concorrer novamente, mas os eleitores estão dizendo ‘não’ à ideia de um segundo mandato, criticando o trabalho que ele está fazendo como presidente“, disse, na ocasião, Mark Penn, codiretor da Harvard CAPS-Harris Poll.
Outro dado importante na pesquisa é que a maioria dos eleitores declarou que poderia votar em um candidato independente moderado se Biden e Trump se enfrentassem em 2024.
As notas baixas na gestão da inflação, da economia, do emprego, entre outras questões, desenham perspectivas sombrias para o 45º presidente antes das eleições de meio de mandato em 8 de novembro.
O partido de um presidente de primeiro mandato normalmente sofre perdas nas eleições de meio de mandato. Nas que virão, entrarão em jogo as 435 cadeiras da Câmara dos Deputados e 34 das 100 do Senado, além de inúmeros cargos eletivos, inclusive de governadores.
Fonte: Prensa Latina