Itamaraty anuncia nome da Alta Representante para temas de Gênero
O Ministério das Relações Exteriores anunciou nesta quarta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, a indicação de Vanessa Dolce de Faria (que até então era cônsul-geral adjunta do Brasil em Barcelona) como Alta Representante para Temas de Gênero.
No novo cargo, a diplomata deverá representar o Brasil em reuniões internacionais sobre questões de gênero e atuar em articulação com outros ministérios para o avanço de pautas relacionadas com o tema.
Em nota oficial para divulgar a nomeação de Vanessa, o Itamaraty manifestou que, ao instituir o cargo de Alta Representante, o organismo pretende “reafirmar a prioridade conferida à promoção da igualdade de gênero”.
Vanessa Dolce de Faria ingressou no Instituto Rio Branco em 1999. Diplomata de carreira, foi chefe da Divisão de África Austral e Lusófona do Itamaraty (2016-2019).
Também foi membro da Assessoria Especial da Presidência da República (2015-2016), e chefe de gabinete da Secretaria-Geral da Presidência da República (2013-2015), durante os mandatos da presidente Dilma Rousseff.
Antes disso, durante os primeiros dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, a diplomata foi chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2004-2005) e serviu no exterior, nas embaixadas do Brasil em Buenos Aires (2005-2009) e Assunção (2009-2012).
Vanessa também é autora do livro “Política externa e participação social: trajetória e perspectivas” além de co-autora dos artigos “Mulheres na Diplomacia Brasileira” [com Audo Araújo Faleiro] e “Uma Política Externa Feminista para o Brasil: desafios e possibilidade” [com Viviane Rios Balbino], que promovem o debate sobre gênero e diplomacia.
Igualdade salarial
O compromisso do atual do atual governo com a igualdade de gênero também se expressou neste Dia Internacional da Mulher com o projeto de lei assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que prevê estabelecer a igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem o mesmo emprego.
“Nesse projeto que nós estamos mandando ao Congresso, tem uma única palavra que faz toda a diferença. E essa palavra se chama ‘obrigatoriedade’ de pagar o salário igual [entre homens e mulheres]”, enfatizou o mandatário, em evento no Palácio do Planalto.
Lula completou seu discurso dizendo que “vai ter muita gente que não vai querer pagar, mas a Justiça tem que funcionar para o empresário ser obrigado a pagar aquilo que a mulher merece pela sua capacidade de trabalho”.
“A mulher tem o direito de ganhar o mesmo dinheiro que ganha o homem trabalhando”, concluiu o presidente.