Li Yang desnuda falso discurso do imperialismo sobre direitos humanos
O diplomata chinês Li Yang, Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro, publicou um artigo na Revista Intertelas, onde desmascara a iniciativa de países imperialistas, principalmente EUA e Reino Unido, que manipulam o tema dos Direitos Humanos para atacar a China. Leia, abaixo, a íntegra.
Como os violadores de direitos humanos tem qualificação para acusar a situação dos direitos humanos na China?
Recentemente, os EUA, o Reino Unido e alguns outros países cheios de ignorância e preconceito em relação à China, vêm aproveitando-se das questões de Hong Kong e da Covid-19 para acusar a situação dos direitos humanos na China. Sendo os mais brutais violadores de direitos humanos na história, aqueles países não possuem nenhuma qualificação para falar dos direitos humanos da China.
A não muito longa história dos EUA desde a sua fundação começou com a pilhagem, expulsão e matança dos índios. Segundo as estatísticas, após séculos de massacres cruéis, a população dos índios nativos no território norte-americano caiu de 5 milhões em 1492 para 250.000 hoje em dia! Como disse o ex-presidente Jimmy Carter, os EUA são o país mais beligerante do mundo.
Nos seus mais de 240 anos de história, apenas 16 deles foram vividos sem guerra. A maioria dessas guerras foi iniciada pelos EUA. Nos últimos anos, nas guerras e operações militares lançadas pelos EUA contra o Afeganistão, a Iugoslávia, o Iraque, a Líbia e a Síria, um grande número de civis morreu ou foi ferido. Somente a Guerra no Iraque em 2003 matou 655.000 iraquianos.
Os direitos humanos estadunidenses são constantemente ridicularizados pelas ocorrências frequentes de tiroteio. Segundo as estatísticas oficiais dos EUA, 100.000 pessoas são vítimas de armas de fogo no país a cada ano, dentre as quais 30.000 são levadas a óbito. No último Dia da Independência, ocorreram nos EUA centenas de casos de tiroteios, matando mais de 120 pessoas.
Existe séria desigualdade e discriminação racial nos EUA. Nos últimos anos, mais de 50% dos mortos pela polícia norte-americana eram afro-americanos ou hispânicos. Apesar de representarem 37% da população total, os americanos de cor correspondem a 67% dos encarcerados. O assassinato do afro-americano George Floyd pela polícia desencadeou novos protestos em larga escala. Todos estes fatos expõem manifestamente a discriminação racial sistêmica nos EUA, na qual as minorias “não conseguem respirar”.
De acordo com as estatísticas, nos EUA, mais de 567.000 pessoas estavam desabrigadas em 2019. Até 2018, a taxa da população sem proteção do sistema de saúde subiu para 13,7% e cerca de 7 milhões de pessoas perderam o plano de saúde. Os EUA são o único país desenvolvido com milhões de pessoas passando fome. No mesmo ano de 2018, havia 39,7 milhões de pessoas pobres no país, incluindo 12,8 milhões de crianças. O tratamento de imigrantes tornou-se cada vez mais desumano. Entre julho de 2017 e o final de 2018, o Serviço de Imigração e Naturalização dos EUA forçou a separação de mais de 5.400 crianças dos seus pais na fronteira.
O disfarce dos direitos humanos dos Estados Unidos foi desmascarado pelo seu catastrófico desempenho no combate à Covid-19. Os políticos norte-americanos colocam considerações econômicas, interesses partidários e políticas eleitorais acima da segurança e saúde do seu povo. Até agora, mais de 3,1 milhões de casos foram confirmados e 130.000 pessoas morreram de COVID-19, o que corresponde a, aproximadamente, 387 mortes por milhão de pessoas, respectivamente 36, 27 e 129 vezes os números da China. Além disso, acontecem lá tragédias tais como a recusa de tratamento médico a muitos idosos infectados e a muitas pessoas sem cobertura de plano de saúde! Os EUA até exportam o novo coronavírus através da repatriação de imigrantes ilegais!
O Reino Unido é outro defensor hipócrita dos direitos humanos. Quantos povos indígenas das Américas, Austrália, África e Ásia foram massacrados pelos britânicos durante toda a era colonial? Receio que eles mesmos nem consigam contar! Foi o Reino Unido que iniciou em meados do século XVI o criminoso tráfego de escravos que durou por séculos. Hoje é difícil calcular quantos africanos foram vendidos como escravos para o mundo inteiro e quantos morreram a bordo de navios negreiros!
Desde a segunda metade do século XIX, foi o Reino Unido que lançou duas guerras do ópio contra a China, ocupou Hong Kong e forçou o comércio de ópio na China, envenenando o povo chinês. Em 1842, depois de conquistar a Cidade de Zhenjiang, as forças armadas britânicas massacraram sangrentamente os cidadãos locais! Durante os 99 anos da ocupação britânica de Hong Kong, em vez de serem tratados igualmente, os residentes de Hong Kong sofriam insultos e opressão dos ocupantes! Em 1900, os exércitos invasores de oito países, incluindo o Reino Unido e os EUA, cometeram assassinatos em massa em Pequim e em outros lugares na China!
O Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação Racial relatou um aumento significativo na discriminação racial e nos crimes racistas no Reino Unido nos últimos anos, com uma discriminação racial sistêmica altamente visível contra pessoas de descendência africana e asiática. Em 2015, o número de pessoas morando nas ruas do Reino Unido atingiu a marca de 7.500, e tem aumentado nos últimos anos. De acordo com o relatório de uma missão de investigação da ONU realizada por especialistas em direitos humanos no final de 2018, um quinto da população do Reino Unido, ou seja, 14 milhões de pessoas, vive na pobreza.
No atual combate contra a Covid-19, o desempenho britânico não foi muito impressionante. Com políticas de saúde pouco planejadas, os números de casos de infecção e mortes confirmados são assustadoramente altos. Não é capaz de proteger efetivamente a segurança da vida e a saúde do seu povo.
Os países como os EUA e o Reino Unido realmente se importam com os direitos humanos na China? Absolutamente não. Como é que países que não respeitam os direitos humanos dos seus próprios cidadãos irão preocupar-se verdadeiramente com os de outros? Eles estão fazendo nada mais que procurar pretextos para alcançar os seus objetivos políticos ocultos.
Eles querem difamar a imagem chinesa para transferir conflitos domésticos. Houve um forte contraste entre a boa governança na China e o “caos” em seus países. Os políticos destes países não têm coragem e nem honestidade para aceitar este fato, sem mencionar a falta de vontade ou capacidade para resolver os próprios problemas. A única habilidade deles é fazer do outro um bode expiatório. Mas eles esquecem de uma coisa: os seus países não fazem parte da China e seus negócios não estão sob jurisdição chinesa!
Eles querem instigar o povo chinês contra o Partido Comunista da China, a fim de produzir caos no país. Mas o que eles não sabem é que o povo chinês está mais feliz e mais unido do que nunca. A China alcançará este ano a meta de erradicação da pobreza, e já criou o sistema nacional de saúde que cobre toda a população. No combate à Covid-19, todos os pacientes, desde recém-nascidos a idosos, sendo o mais velho com 108 anos, receberam tratamentos adequados na China. O número de infectados e mortes confirmados é muito mais baixo do que nos EUA e no Reino Unido. Indiscutivelmente, como o Partido Comunista da China acredita e sempre coloca os interesses da população acima de tudo, o povo chinês amará, confiará e apoiará esse grande partido político ainda mais a cada dia que passa.
Eles querem instigar e apoiar as forças separatistas anti-China em Hong Kong, a fim de tornar Hong Kong uma cabeça-de-ponte para uma “revolução colorida” contra a China. É uma ilusão total deles. A Lei de Segurança Nacional de Hong Kong (LSNHK) é aplicada para combater um número muito restrito de criminosos que prejudicam gravemente a segurança nacional, bem como para proteger os direitos e liberdades legítimos dos residentes de Hong Kong, das empresas estrangeiras e expatriados que lá vivem e observam as leis locais. A promulgação e a implementação desta lei foram bem-vindas por todos dentro e fora da China, enquanto as forças anti-China que causavam caos em Hong Kong entraram imediatamente em colapso com medo das consequências em afrontar a LSNHK. Hong Kong é Hong Kong da China, e a ninguém é permitido ter qualquer ilusão ou tentativa irrealista sobre Hong Kong!
Li Yang
Cônsul-Geral da China no Rio de Janeiro