Visão Global

Nos 80 anos do início da Segunda Guerra Mundial, a humanidade clama pela paz

Com a agressão nazista contra a Polônia, há exatos 80 anos, a 1º de setembro de 1939, teve início a Segunda Guerra Mundial. Mais de 80 por cento da população mundial foi envolvida direta ou indiretamente na grande conflagração. A humanidade e as forças amantes da paz e da liberdade hão de sempre recordar o episódio com indignação e dele extrair os ensinamentos para que jamais se repitam acontecimentos tão nefastos.

Por Socorro Gomes*

Cerca de 26 milhões de soldados e 46 milhões de civis pereceram durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos morreram de fome, devido às doenças, massacres, bombardeios e genocídio. A União Soviética, sobre a qual recaiu a principal responsabilidade do combate antifascista e a liderança na luta pela libertação da humanidade, perdeu cerca de 27 milhões de pessoas. Nos 80 anos do início da Segunda Guerra Mundial, a humanidade clama pela paz. Cerca de 26 milhões de soldados e 46 milhões de civis pereceram durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos morreram de fome, devido às doenças, massacres, bombardeios e genocídio. A União Soviética, sobre a qual recaiu a principal responsabilidade do combate antifascista e a liderança na luta pela libertação da humanidade, perdeu cerca de 27 milhões de pessoas.

Tragédias como as duas guerras mundiais não ocorrem por acaso. Resultam de profundas causas econômicas e políticas relacionadas com a natureza do sistema de dominação contra povos e nações, sendo as principais vítimas as massas trabalhadoras exploradas e oprimidas.

A Segunda Guerra Mundial começou como um confronto entre as grandes potências capitalistas. Foi provocada pela Alemanha nazista e seus aliados do Eixo: a Itália fascista e o Japão militarista. O objetivo era uma nova divisão do mundo por áreas de dominação e esferas de influência.  A luta por mercados e fontes de matérias primas era o pano de fundo que empurrava as potências capitalistas ao confronto bélico.

Tendo sua origem nas contradições entre as grandes potências, a Segunda Guerra Mundial foi enfrentada e vencida através da luta dos povos. As forças patrióticas foram capazes de organizar uma ampla frente e uma tenaz resistência, num combate que se espraiou por toda a Europa, Ásia e África, sob as formas mais diversas. Na América Latina, a luta democrática fez com que países como o Brasil enviassem tropas para combater na Europa, lado a lado com as forças aliadas.

Os povos dos países ocupados ergueram-se na resistência popular-nacional antifascista, passando a travar uma justa luta democrática e de libertação nacional. Os próprios Estados capitalistas, a partir do desencadeamento da guerra, viram-se confrontados com um perigo nacional, o que criou condições para a formação de um amplo e poderoso movimento patriótico e antifascista. Depois de incontáveis sofrimentos e lutas heroicas, os povos venceram o nazi-fascismo e alcançaram a paz, seis anos depois de iniciado o conflito.

Surgiu temporariamente uma nova correlação de forças favorável ao avanço das lutas pela paz e o progresso social. O campo democrático e anti-imperialista saiu fortalecido, no que se verificou, por exemplo, a organização e fundação de entidades populares comprometidas com esta luta e ainda atuantes. É exemplo desta organização das forças anticolonialistas, anti-imperialistas, democráticas e populares, o Conselho Mundial da Paz, que cumpre este ano o seu 70º aniversário.

Ao final da segunda década do século 21, o mundo está de novo vivendo um grave momento, com renovadas tensões, instabilidade e ameaças à paz. Aprofunda-se a crise econômica e social, desenvolve-se no plano político uma brutal ofensiva imperialista contra os povos. Emergem novas configurações de forças na cena geopolítica, pondo em xeque a hegemonia do imperialismo estadunidense e seus aliados.

Está em curso uma reordenação de forças no campo geopolítico que exerce forte impacto sobre as lutas dos povos. As lições da Segunda Guerra Mundial demonstram que hoje é imperioso renovar os compromissos pela paz. Tais compromissos estão na essência das lutas dos povos contra as políticas de dominação das grandes potências, pela democracia, a independência nacional e o progresso social.

*Socorro Gomes é a Presidenta do Conselho Mundial da Paz

Fonte: Cebrapaz

 

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