Visão Global

Síria denuncia crimes de guerra israelenses em Golã

O governo sírio expressou, nesta terça-feira (28), sua veemente condenação aos novos planos aprovados por Israel para construir assentamentos no Golã ocupado, afirmando que são crimes de guerra.

Damasco rejeita a escalada grave e sem precedentes das autoridades de ocupação do Golã, que recentemente vem acelerando o confisco de terras e propriedades, mudanças demográficas e saques de recursos naturais na tentativa de perpetuar a ocupação, afirmou um comunicado da Chancelaria síria.

O órgão de Estado da República Árabe da Síria descreveu como provocativa e vil a recente visita do primeiro-ministro israelense a Golã e a aprovação de seu gabinete de um plano milionário com o objetivo de dobrar o número de colonos por meio da construção de dois novos assentamentos.

Esta ação constitui uma violação clara das normas do Direito Internacional, da Quarta Convenção de Genebra e da Resolução nº 497 do Conselho de Segurança, que considerou a decisão de Israel de impor suas leis em Golã como nula e sem efeito jurídico internacional, detalhou o texto da declaração.

O Golã, como reafirma a nota, é uma parte inseparável do território da Síria que trabalhará para recuperá-lo por todos os meios disponíveis e garantidos pelo direito internacional.

Ele também instou as Nações Unidas e seus Estados membros a assumirem suas responsabilidades e pressionar Tel Aviv a encerrar sua ocupação e rejeitar a situação jurídica derivada das violações pelas autoridades de ocupação das normas do direito internacional.

O comportamento irresponsável e provocador de Israel não teria chegado a este ponto sem a proteção fornecida pelas sucessivas administrações dos Estados Unidos, concluiu o ministério em seu comunicado.

Israel ocupou o Golã após a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967, e incorporou aquele território ao seu ordenamento jurídico em 1981, o que foi rejeitado pela comunidade internacional.

A administração anterior dos EUA reconheceu a soberania israelense sobre esta região em 2018 em uma violação clara e flagrante das resoluções do Conselho.

Fonte: Prensa Latina / Tradução da Redação do i21

 

Leia também: