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Vitória do CNA na África do Sul

As eleições de 8 de maio, para escolha dos 400 deputados do parlamento nacional e dos governos das nove províncias sul-africanas, tiveram uma participação de 65,99% dos eleitores inscritos.

O Congresso Nacional Africano (CNA) obteve mais de 10 milhões de votos (57,50%, contra 62% em 2014), conquistando 230 assentos parlamentares (menos 19). Renovou a maioria absoluta na governação de oito províncias.

A Aliança Democrática (AD) continua a ser a principal força política da oposição com três milhões e 600 mil votos (20,78%), 84 deputados e a manutenção do governo do Cabo Ocidental, onde se situa a cidade do Cabo, sede do parlamento.

Em terceiro lugar ficou o partido Combatentes da Liberdade Econômica (EFF), de Julius Malema, com quase um milhão e 900 mil votos (10,77%) e 44 lugares (mais 19). O Partido da Liberdade Inkhata (IFP), encabeçado pelo rei zulu Mangosutu Buthelezi, com 587 mil votos (3,38%) e 14 deputados, é a quarta força parlamentar. Segue-se a Frente de Liberdade Plus (VF+), defensora da população afrikaner, com 413 mil votos (2,38%) e 10 eleitos. Nove outros partidos, das 48 forças políticas que participaram das eleições, têm representação parlamentar, elegendo um total de 18 deputados.

Na primeira intervenção pública após a divulgação dos resultados, Cyril Ramaphosa – atual presidente do país que será reconduzido ao  cargo – considerou que o povo deu aos líderes do país “um mandato forte para construir uma África do Sul melhor” e exortou “brancos e negros, homens e mulheres, jovens e velhos, a trabalhar em conjunto para alcançar uma sociedade unida, não racial, não sexista, democrática e próspera”.

Como foi lembrado na campanha eleitoral, a África do Sul, primeira economia africana, enfrenta como tarefas prioritárias a continuação do desenvolvimento destes 25 anos, a luta contra a pobreza, a criação de mais empregos, sobretudo para os jovens, a melhoria dos serviços públicos, o combate contra a corrupção.

O presidente do CNA enfatizou que os resultados das urnas indicam claramente que “as necessidades da população devem ser prioritárias e não as batalhas internas de facções”. E prometeu que o partido irá de porta em porta ouvir as preocupações dos cidadãos: “Somos o CNA humilde que vai servir a nossa gente com respeito e escutará o povo”.

Ramaphosa evocou Nelson Mandela e as gerações de patriotas que combateram contra o apartheid e pela liberdade. E assegurou que os sul-africanos votaram a 8 de maio por um país unido, por uma sociedade mais igualitária, livre da pobreza, fome e necessidades básicas, “por uma nação em paz consigo mesma e com o mundo”.

Fonte: Avante!

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