Conselho Mundial da Paz condena ameaça da OEA contra a Venezuela
Nesta sexta-feira (13) o secretariado do Conselho Mundial da Paz (CMP) emitiu um comunicado sobre a recente decisão da OEA de tentar ativar contra a Venezuela o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR). Segundo a entidade, “a nova provocação da OEA constitui uma clara violação dos princípios fundadores da Carta da ONU contra a República Bolivariana da Venezuela, seu governo eleito e seu povo”. Leia, abaixo, a íntegra do texto.
Declaração do CMP sobre a decisão da Organização de Estados Americanos (OEA) sobre a Venezuela
O Conselho Mundial da Paz (CMP) denuncia firmemente a recente decisão de um grupo de Estados dentro da “Organização de Estados Americanos (OEA)” de ativar o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) sobre a Venezuela, [funcionando] como um instrumento de interferência nos assuntos soberanos de países há muitas décadas.
O tratado sempre foi um mecanismo imposto pelos EUA com o objetivo de legitimar intervenções militares na América Latina por razões ideológicas, como aconteceu na Guatemala (1954), Cuba (1961), República Dominicana (1965), Granada (1983) e Panamá (1989).
A nova provocação da OEA constitui uma clara violação dos princípios fundadores da Carta da ONU contra a República Bolivariana da Venezuela, seu governo eleito e seu povo. Constitui ainda uma escalada na agressão e uma ameça de intervenção militar pelos EUA e seus aliados voluntários na região, um perigo para a paz e a estabilidade em toda a área.
O CMP expressa sua sincera solidariedade ao povo da Venezuela e seu direito soberano de defender sua pátria e suas conquistas e de decidir livremente e sem qualquer interferência estrangeira sobre seu futuro e destino. Condenamos as ações multifacetadas do governo estadunidense, da União Europeia e de vários governos da América Latina, que visam derrubar o legítimo presidente da Venezuela através de numerosas tentativas de golpe de estado, guerra econômica e sanções, das quais o povo da Venezuela sofre sérias consequências.
Exigimos o fim de todas as medidas coercivas da OEA, do governo dos EUA e da UE, que buscam asfixiar o povo venezuelano enquanto tentam impor um fantoche autoproclamado [presidente], numa violenta prática de mudança de regime no país.
Tirem as mãos da Venezuela!
Abaixo às políticas imperialistas na América Latina!
Atenas, 13 de setembro de 2019
Secretariado do CMP