Solidariedade

Impedir a guerra, defendendo a paz e a solidariedade com o povo venezuelano

No momento dramático em que o perigo de guerra se abate sobre a América Latina, as forças da paz e da solidariedade rechaçam a brutal ofensiva desencadeada pelo imperialismo estadunidense contra a Revolução Bolivariana da Venezuela e o governo legítimo liderado pelo presidente Nicolás Maduro.

Por Socorro Gomes*

Apoiada em forças internas reacionárias e em países satélites agrupados no chamado Grupo de Lima, a Casa Branca promove um golpe de Estado e prepara uma intervenção militar. Esta ofensiva atingiu um ponto elevado quando, em 23 de janeiro último, o presidente da Assembleia Nacional (parlamento), Juan Guaidó, autoproclamou-se “presidente interino” do país, numa flagrante violação da Constituição.

Nas semanas subsequentes, o imperialismo estadunidense montou o cenário para a intervenção, sob o pretexto de fornecer “ajuda humanitária”. A tentativa de derrocar o governo nacional e intervir no país sul-americano viola todas as normas do Direito Internacional, nomeadamente a Carta das Nações Unidas. É um grave atentado à paz mundial, uma agressão ao princípio da autodeterminação dos povos e à soberania nacional.

A ofensiva norte-americana contra a Venezuela visa a saquear as imensas riquezas nacionais, principalmente o petróleo de que o país é detentor das maiores reservas mundiais.

Visa igualmente a pôr fim a uma rica experiência de construção da democracia popular, afirmação da soberania nacional, integração regional para o desenvolvimento compartilhado e unidade entre os povos.

No último sábado, 23 de fevereiro, o povo venezuelano deu um grande exemplo de resistência ao desmontar a farsa da imposição da “ajuda humanitária”. Conquistou enorme vitória política, ao defender a paz no país e na região e assegurar a própria soberania.

Contudo, o governo de Donald Trump, os países satélites do Grupo de Lima e seus fantoches da oligarquia venezuelana dão mostras de que não desistirão de seus planos neocolonialistas. Intensificam as ameaças, aumentam as sanções e preparam novas medidas atentatórias aos direitos do povo venezuelano.

Ao rechaçar tais planos, o Conselho Mundial da Paz expressa plena e incondicional solidariedade ao povo venezuelano, à entidade nacional que integra suas fileiras, o COSI – Comitê de Solidariedade Internacional, e renova seu empenho e luta pela paz e a afirmação da soberania do povo venezuelano.

A ameaça de guerra imperialista tornou-se aguda na América Latina, o que põe em risco a paz, a estabilidade e a segurança de todos os povos da região. Esta guerra, se desencadeada, pode se alastrar a todo o mundo, com imprevisíveis consequências.

Mais do que nunca as forças defensoras da paz devem despertar a consciência dos povos, alertá-los para esses perigos e mobilizá-los na luta pela paz mundial e a afirmação dos interesses dos povos.

* Socorro Gomes é a presidenta do Conselho Mundial da Paz

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