Visão Global

Cerca de 200 países fecham acordo global sobre o clima na COP26

Foto: © REUTERS - Yves Herman

Quase 200 países firmaram acordo com o objetivo de diminuir aquecimento global, conclamando governos a retornarem no próximo ano com planos mais fortes para reduzir emissões que afetam o planeta.

Neste sábado (13), um grande acordo foi fechado entre 197 nações com o objetivo de intensificar os esforços para combater as mudanças climáticas.

O pacto pede eliminação acelerada da energia a carvão e dos subsídios aos combustíveis fósseis. O documento também reafirmou a meta global de longo prazo de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2º C e continuar os esforços para limitar a elevação da temperatura a 1,5º C, segundo a agência Reuters.

Tal medida seria a única que realmente salvaria o planeta, uma vez que ultrapassado o 1,5º C se desencadearia um extremo aumento do nível do mar, secas devastadoras, tempestades monstruosas e incêndios florestais muito piores do que aqueles que o mundo já vem sofrendo, de acordo com cientistas.

O texto também pediu esforços para reduzir o uso de carvão assim como a interrupção dos enormes subsídios que governos ao redor do mundo dão ao petróleo, carvão e gás que abastecem fábricas e aquecem casas, algo que nenhuma conferência climática anterior tinha conseguido concordar, relatou a mídia.

No entanto, China e Índia defendem que os países em desenvolvimento não estão prontos para eliminar essa fonte de energia, de acordo com a Folha de São Paulo.

Nova Deli pediu para que trocasse a palavra “eliminação” por “redução” gradual das emissões de carbono, o que deixou diversos representantes desapontados.

Ainda segundo o pacto, países desenvolvidos se comprometeram a financiar U$S 100 bilhões (R$ 545 bilhões) por ano até 2025 para ajudar países mais pobres no combate ao aquecimento. Entretanto, de acordo com ativistas, o martelo sobre o valor de fato ainda não foi batido.

Além disso, a quantia estaria muito aquém das necessidades reais. Estima-se que o valor necessário pode chegar a US$ 300 bilhões (R$ 1,6 trilhões) até 2030, de acordo com a Reuters.

Durante a conferência, nações em desenvolvimento argumentaram que os países ricos, cujas emissões históricas são, em grande parte, responsáveis ​​pelo aquecimento do planeta, devem pagar mais para ajudá-los a se adaptar às consequências, bem como reduzir suas emissões de carbono.

Fonte: Sputnik News

 

Leia também: