Visão Global

China e RPD da Coreia fortalecem laços militares

Pequim e Pyongyang opõem-se às ações dos EUA na Ásia-Pacífico

A China e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) comprometeram-se a fortalecer as suas relações militares e a trabalhar pela segurança na Ásia-Pacífico face às ameaças dos EUA.

Pequim e Pyongyang impulsionarão a sua cooperação militar e trabalharão juntos para garantir a segurança na região Ásia-Pacífico, afirmou no dia 17 de agosto, o general Zhang Youxia, vice-presidente da Comissão Militar Central da China.

“O Exército Popular de Libertação está pronto para trabalhar com a RPDC (…) para fortalecer a comunicação e promover a cooperação e o apoio mútuo visando contribuir (…) para a paz e a estabilidade regionais”, declarou a referida alta patente militar chinesa, segundo a agência noticiosa Xinhua.

Isto obedece a um “importante consenso que foi conseguido pelos líderes dos nossos países”, indicou o general, em declarações após a reunião em Pequim com uma delegação norte-coreana encabeçada pelo general Kim Su-gil, diretor do Bureau Político do Exército Popular da Coreia.

A RPDC “está pronta para fortalecer a aprendizagem mútua e os intercâmbios amistosos entre as duas forças armadas em vários âmbitos”, afirmou Kim, realçando que o seu país pretende elevar as relações bilaterais a “um nível superior”.

Ambos os países interpretam como uma ameaça as atividades dos EUA na região.

Pyongyang, que em agosto realizou diversas provas com armamento, condena Washington por continuar a realizar exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul, apesar do presidente Donald Trump ter-se comprometido a pôr-lhes fim numa das cimeiras com o líder norte-coreano Kim Jong-un.

A China, por seu lado, qualifica como “provocatórias” as operações de “liberdade de navegação” levadas a cabo pelos EUA, que no dia 07 de agosto enviou um porta-aviões para o Mar do Sul da China. Também acusa Washington de ter “metido o nariz” nos assuntos de Hong Kong.

A China e a RPDC estão vinculados por um tratado assinado em 1961 que as compromete a ajudar-se mutuamente em caso de um ataque contra os seus territórios.

Fonte: Avante!

 

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