Comunistas israelenses recusam apoio a novo governo: “Vai preservar o caminho de Netanyahu”
O líder de Yesh Atid, Yair Lapid, anunciou às 23h30 da noite de quarta-feira, 2 de junho – meia hora antes de seu mandato expirar – que após uma série de encontros consecutivos com os líderes do campo anti-Netanyahu no Knesset [Parlamento], conseguiu formar uma coalizão, que inclui oito partidos: Yesh Atid, o partido de extrema-direita Yamina, os partidos Israel Beiteinu e New Hope, Kahol Lavan, Meretz e o partido islâmico Ra’am (Árabes Unidos).
“Tenho a honra de informar que consegui formar um governo. Será um governo rotativo, de acordo com a 13a cláusula da Lei Básica do Governo. Vou liderar com Naftali Bennett, que será o primeiro a servir como primeiro-ministro”, disse Lapid.
Hadash – a frente eleitoral do Partido Comunista de Israel (PCI) que com outras duas forças compõe a Lista Conjunta (seis deputados) – declarou na noite de terça-feira, 1º de junho, que não apoiaria um governo que não difere em suas políticas da coalizão de extrema direita que está de saída. “Estamos votando em políticas e não em personalidades”, declarou o Hadash-PCI em um comunicado conjunto.
“Não estamos interessados em mudar indivíduos, mas sim em mudar as políticas, erradicar o racismo e opor-se à ocupação”, afirma o comunicado.
Um membro do Hadash, Aida Touma-Sliman (Lista Conjunta), liderança do PCI, escreveu no Twitter que Bennett lideraria “um perigoso governo de direita“, que “removeria Netanyahu, mas preservaria seu caminho“. Bennett é o ex-chefe do Conselho Yesha, que representa os colonos nos territórios palestinos ocupados.