Coreia Popular: “Ameaça militar dos EUA atingiu estágio intoleravelmente perigoso”
O Birô Político do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia (PTC), partido dirigente da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), reuniu-se no 19/01 e debateu, entre outros temas, a questão da instabilidade política na península coreana, que assume feições cada vez mais perigosas, segundo o PTC.
Em um relato divulgado pela agência de notícias KCNA, informa-se que a reunião foi presidida pelo Secretário-Geral do Partido, Kim Jong Un, que denunciou a falta de palavra dos EUA no cumprimento de seus compromissos:
“Somente nos últimos anos, após a Cúpula RPDC-EUA, os EUA realizaram centenas de vezes os exercícios militares conjuntos que prometeram suspender e por um lado, testaram armas estratégicas de diferentes tipos, e, por outro, introduziram meios sofisticados de ataque militar na Coreia do Sul e armas nucleares estratégicas nas periferias da Península Coreana ameaçando seriamente a segurança do nosso estado”, reporta o comunicado da agência de notícias da RPDC.
Diante disso, a RPDC examina a possibilidade de retomar ações que haviam sido interrompidas por conta do diálogo de paz: “O Birô Político do CC avaliou que a política hostil e a ameaça militar dos EUA atingiram um estágio intoleravelmente perigoso, apesar dos esforços sinceros feitos pela RPDC após a cúpula bilateral de Cingapura para manter uma situação de relaxamento da situação na Península Coreana”. Desta forma, o PTC avalia que é necessário “reconsiderar todas as medidas que nosso país havia tomado inicialmente visando criar um clima de confiança e examinar em breve a questão de retomar todas as ações temporariamente suspensas”. Leia, abaixo, trecho do comunicado referente às tensões com os EUA.
Sobre a situação na Península Coreana – Reunião do BP do CC do PTC
“A reunião ouviu o relatório analítico sobre a situação atual do ambiente político da Península Coreana, além de abordar uma série de problemas internacionais e discutir o curso posterior do confronto com os Estados Unidos.
Relataram-se os dados sobre a conduta imprudente dos EUA, que nestes tempos, ataca injustamente o exercício legítimo da soberania pelo nosso Estado.
Somente nos últimos anos, após a Cúpula RPDC-EUA, os EUA realizaram centenas de vezes os exercícios militares conjuntos que prometeram suspender e por um lado, testaram armas estratégicas de diferentes tipos, e, por outro, introduziram meios sofisticados de ataque militar na Coreia do Sul e armas nucleares estratégicas nas periferias da Península Coreana ameaçando seriamente a segurança do nosso estado.
Além disso, caluniaram brutalmente nosso Estado e cometeram a loucura de tomar medidas sancionatórias unilaterais em mais de 20 ocasiões e, em particular, a atual administração norte-americana recorre obstinadamente a manobras para suprimir nosso direito à autodefesa.
Todos os fatos provam mais uma vez que a política hostil à RPDC continuará a partir de agora enquanto existir a entidade hostil chamada imperialismo dos EUA.
O Birô Político do CC avaliou que a política hostil e a ameaça militar dos EUA atingiram um estágio intoleravelmente perigoso, apesar dos esforços sinceros feitos pela RPDC após a cúpula bilateral de Cingapura para manter uma situação de relaxamento da situação na Península Coreana.
Reconhecendo por unanimidade a necessidade de melhor se preparar para o prolongado confronto com o imperialismo norte-americano, o BP concluiu que ações substanciais devem ser tomadas para tornar nossa força física capaz de defender a dignidade, os direitos e os interesses do Estado de forma mais confiável e segura.
O BP definiu as tarefas políticas de defesa nacional, visando promover e desenvolver sem demora os meios físicos mais poderosos que podem subjugar as ações cada vez mais agravantes hostis à RPDC.
Da mesma forma, deu ao setor correspondente a indicação de reconsiderar todas as medidas que nosso país havia tomado inicialmente por iniciativa de criar confiança e examinar em breve a questão de retomar todas as ações temporariamente suspensas.
A resolução correspondente aprovada na ocasião constitui uma medida oportuna e justa para garantir a existência de nosso Estado e sua soberania de acordo com as demandas prementes da revolução em desenvolvimento e sob a situação atualmente criada”.
Fonte: KCNA