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Erdogan diz que assassinato do jornalista Khashoggi foi planejado

Foto: © AFP 2018 / ADEM ALTAN

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse, nesta terça-feira (23), que há “fortes evidências” de que a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi foi uma operação planejada. O anúncio foi feito durante o discurso de Erdogan perante o Parlamento turco, em que falou sobre a investigação do caso.

O líder turco confirmou informações publicadas antes pela mídia turca, detalhando os eventos que precederam a morte de Khashoggi no consulado da Arábia Saudita em Istambul, incluindo a chegada de três grupos de sauditas separados a Istambul antes da visita do jornalista.

Falando perante os parlamentares em Ancara, Erdogan sublinhou que evidências mostram que a morte de Khashoggi foi uma operação planejada e não um acidente e que foi assassinado de uma “maneira cruel”.

Segundo ele, os agentes sauditas começaram a chegar a Istambul um dia antes do assassinato do jornalista e removeram as câmeras no consulado.

O corpo de Khashoggi ainda não foi encontrado, disse. Mas, ressaltou, como o assassinato teve lugar em Istambul, os suspeitos devem ser julgados na Turquia.

“Como isto foi um assassinato político, também é necessário investigar os cúmplices deste crime em outros países, se tais existirem. Assim mandam as regras da lei internacional. A Turquia vai levar este caso até o fim. Queria fazer um apelo às autoridades sauditas e, em primeiro lugar, ao rei Salman (bin Abdulaziz Al Saud). O crime foi perpetrado em Istambul, por isso sugiro que o julgamento dos 18 suspeitos desse crime seja feito em Istambul. Mas cabe às autoridades sauditas decidir, claro”, declarou o líder turco.

Quanto ao corpo do jornalista, recentemente surgiram várias versões. Assim, o líder do partido turco (oposicionista) Vatan, Dogu Perincek, relatou que o corpo de Khashoggi teria sido encontrado na residência do cônsul saudita em Istambul.

Em particular, o corpo estava em um poço no jardim da residência, afirmou o político, que teria recebido informações dos serviços de segurança de Istambul.

No entanto, há pouco a mídia informou que o corpo de Khashoggi teria sido retirado do consulado escondido em um tapete e depois entregue a uma pessoa de confiança em Istambul.

Jamal Khashoggi, colunista do jornal Washington Post, vivia nos EUA desde 2017 e foi dado como desaparecido em 2 de outubro após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Durante mais de duas semanas, a parte saudita afirmou que o jornalista tinha saído do consulado. Porém, na noite de sexta para sábado (20), Riad reconheceu que o jornalista foi de fato assassinado durante uma suposta briga com funcionários do consulado.

Fonte: Sputnik News

 

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