Presidente da Colômbia e o plano de agressão contra a Venezuela
O presidente da Colômbia, Iván Duque, chegou nesta sexta-feira (22) à cidade fronteiriça de Cúcuta, onde desenvolverá junto com seus homólogos Sebastián Piñera (Chile) e Mario Abdo (Paraguai) uma intensa agenda centrada na investida contra a Venezuela.
Fontes da Presidência confirmaram nesta capital que os três mandatários assistirão às 15h30m, hora local, o fechamento do concerto apresentado como “Venezuela Aid Live” na ponte internacional de Tienditas, uma das três passagens fronteiriças de Cúcuta com o vizinho país.
Os três presidentes farão também um percurso por adegas de Tienditas, onde se encontra alojada a suposta “ajuda humanitária” para o povo venezuelano e que setores da esquerda no hemisfério consideram uma farsa para gerar uma posterior intervenção militar na Venezuela.
Está previsto, inclusive, que o chefe de Estado colombiano assista hoje o recebimento de um carregamento com o suposto apoio enviado em um avião C-17 dos Estados Unidos, cujo governo dirige a cruzada intervencionista contra o governo legítimo de Nicolás Maduro.
De Tienditas justamente pretende-se amanhã sábado forçar a entrada no território venezuelano do mencionado carregamento, ação que, segundo o semanário Voz da Colômbia, procura criar uma cabeça de ponte, com a qual se daria início a uma guerra fratricida.
Para Cúcuta viajou também o secretário geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, conhecido por seu discurso de ingerência e de aberto alinhamento com as políticas da Casa Branca.
Na oposição colombiana, o senador da Aliança Verde Antonio Sanguino qualificou de nefasta a presença de congressistas do governante partido Centro Democrático no show desta sexta-feira em Cúcuta.
Sanguino disse que “o Governo colombiano atua de maneira equivocada ao atiçar uma confrontação e polarização usando a ajuda humanitária, que pode desembocar em um conflito bélico”.
Por sua vez o senador, ex candidato presidencial e líder do movimento Colômbia Humana, Gustavo Petro, pediu à cidadania para mobilizar-se para “deter a guerra”.
Fonte: Prensa Latina