Visão Global

Súmula Internacional 15 – Miguel Díaz-Canel é reeleito presidente da República de Cuba

A recém-constituída Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, em sua 10ª Legislatura, reelegeu Miguel Mario Díaz-Canel Bermúdez para o cargo de presidente da República de Cuba, durante a sessão constitutiva realizada nesta quarta-feira (19) no Centro de Convenções de Havana. A presidenta do Conselho Nacional Eleitoral, Alina Balseiro Gutiérrez, informou que Díaz-Canel obteve 459 votos, 97,66% do total de deputados que compõem a Assembleia. A Assembleia também ratificou Salvador Antonio Valdés Mesa como Vice-Presidente da República, obtendo 439 votos, 93,4% do total de deputados da Assembleia. O reeleito Presidente da República propôs a ratificação do Deputado Manuel Marrero Cruz como Primeiro-Ministro. Os deputados expressaram sua aprovação à proposta levantando as mãos.

Diáz-Canel: “Cuba é um sentimento, uma força capaz de enfrentar os piores cenários”

Na conclusão da sessão legislativa que o reelegeu, o presidente sublinhou que é difícil resumir a resistência criativa e a resiliência do povo que enfrenta condições extremamente difíceis. Anunciou que a liderança do país deverá centrar-se de imediato na produção alimentar, no aumento do turismo e na eficiência do processo de investimento; tudo isso em função de aumentar as ofertas e reduzir a inflação. Afirmou que devido ao bloqueio estadunidense e às insuficiências internas o objetivo de atingir as metas econômicas apresenta dificuldades e, para reverter isso, a forma mais eficaz é lutar e fazer, e não apenas criticar. Da mesma forma, acrescentou que das proezas alcançadas durante o seu mandato anterior extrai otimismo para enfrentar cada uma das situações adversas. “Cuba é um sentimento, uma força capaz de enfrentar os piores cenários”, afirmou o líder da Revolução.

Folha de S. Paulo: Sabujo do imperialismo

Enquanto isso, na redação de um importante jornal de São Paulo, reflete-se sobre a pauta internacional

Chega a ser espantoso o baixo nível jornalístico que a Folha de S. Paulo (e não só ela) adota quando o assunto é Cuba. Mentiras deslavadas, manipulações grosseiras, vale tudo. Na edição desta quinta-feira (20) ao noticiar a reeleição de Miguel Diáz-Canel à presidência de Cuba, o jornal diz, entre outras coisas, que o presidente reeleito teve os “adversários vetados pelo Partido Comunista”. O articulista não apresenta, no entanto, sequer um nome dos supostos adversários que teriam sido “vetados”. O Partido Comunista de Cuba não é um partido eleitoral. Não indica ou postula candidaturas. Os contrarrevolucionários cubanos são livres para participar, e participam, das eleições dos diversos níveis do poder popular, mas é o povo quem os veta, realidade com a qual a Folha não se conforma.

Folha de S. Paulo: Sabujo do imperialismo II

Em uma matéria recheada de falsidades, ouvindo os “especialistas” e ONGs de sempre (em geral, uns e outros fartamente financiados pelo Departamento de Estado dos EUA) a Folha, ao citar as dificuldades econômicas que o povo cubano enfrenta (e que o governo não esconde, como vimos mais acima na fala franca de Miguel Diáz-Canel) diz que “um dos motivos da insatisfação dos cubanos é a crise econômica que, agravada pela pandemia de Covid-19, piora a escassez de alimentos, remédios e combustíveis”, e segue enrolando para só no final do longo parágrafo falar do bloqueio que é abordado da seguinte forma: “a penalização de Washington ao autoritarismo da ilha voltou a ser endurecida com o republicano Donald Trump durante o mandato de Díaz-Canel”. A Folha de S. Paulo não só secundariza o cruel bloqueio, que é evidentemente a principal causa das dificuldades econômicas da ilha, como o justifica! Nem mesmo aliados umbilicalmente ligados ao imperialismo – França, Alemanha, Itália – ou países governados pela extrema direita como Polônia e Hungria, chegam a esse ponto e votam na Assembleia Geral da ONU – assim como a esmagadora maioria das nações – contra o bloqueio, pois sabem que ele não só viola os direitos humanos do povo cubano como é, além disso, uma violação flagrante das leis internacionais. Mas não, para a invertebrada Folha de S. Paulo e seu articulista amestrado, os EUA, movidos por bons sentimentos, bloqueiam Cuba de todas as formas por “punição ao autoritarismo”. Inclusive, foi para “punir o autoritarismo” de Jango e Allende, entre tantos outros, que o sacrossanto império americano apoiou ferozes ditaduras no Brasil, no Chile e em outros países da América Latina. No caso do Brasil, com o incentivo da Folha, detalhe que talvez o articulista amestrado que escreveu a matéria anti-Cuba não saiba e por isso confunda o que é ditadura com o que é uma autêntica democracia popular.

Folha de S. Paulo: Sabujo do imperialismo III

Revisando artigo sobre a Coreia Popular

Das mesmas fontes que garantiam que o sarcasmo é penalizado na República Popular Democrática da Coreia (popularmente chamada Coreia do Norte), ou que todos os homens devem usar o mesmo tipo de cabelo, surge na edição desta quinta-feira da invertebrada Folha de S. Paulo, a triste história da jovem que relata uma fuga do verdadeiro inferno na terra que, segundo o jornal, está localizado na Coreia Popular. A Folha poderia fazer o favor de informar que desde 2017 (informação disponível até na mídia hegemônica) a Coreia do Sul oferece uma recompensa em dinheiro que pode chegar a 815 mil euros (mais de 4,5 milhões de reais), para desertores da Coreia Popular que contem histórias lacrimosas. Poderia a Folha investigar também como se sustenta o terrível “regime” da Coreia Popular, pois lá, estranhamente, só tem coreano. Já na paradisíaca Coreia do Sul, o regime, para se garantir, precisa da presença de 30 a 50 mil soldados dos EUA armados até os dentes. Não tenho dúvidas de que a Folha irá descobrir um motivo pertinente. É só dar ao operoso diário o tempo necessário para que eles enviem um e-mail para o Pentágono que já, já, eles publicam um artigo provando por A + B que a presença de milhares de soldados estrangeiros na Coreia do Sul é prova da soberania desta última.

Presidente do México acusa EUA de espionagem

O presidente do México, Manuel López Obrador, denunciou, nesta terça-feira (18) que os Estados Unidos estão espionando seu país e disse que aumentará a proteção de informações militares, em meio a novas acusações sobre o uso do programa spyware Pegasus, informa a agência Reuters. Ainda segundo a agência, os comentários de Obrador vêm depois que o The Washington Post revelou na semana passada a existência de supostas tensões entre o Exército mexicano e a Marinha, citando vazamentos de comunicações militares secretas dos Estados Unidos. “Também temos que cuidar das nossas informações para a segurança nacional (…) e vamos cuidar das informações do Secretário da Marinha e do Secretário da Defesa porque estamos sendo objeto de espionagem do Pentágono”, disse o presidente em sua coletiva diária. Obrador acrescentou que não vai ficar de braços cruzados com o que descreveu como o “plano intervencionista” de Washington e acusou a agência antidrogas dos EUA (DEA) de vazar informações para a mídia mexicana visando prejudicar seu governo.

Relações PCdoB-PCCh

A convite do Partido Comunista da China (PCCh), a Secretária de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Ana Prestes, participou e fez uma intervenção, nesta quarta-feira (19) – juntamente com delegações de partidos comunistas de outros países – no Simpósio para professores e estudantes da Universidade do Povo Chinês (Remin University), em Pequim, sobre o caminho chinês para a modernização e o desenvolvimento comum. O PCdoB e o PCCh vêm reforçando o intercâmbio entre as duas organizações, que já acumulam uma longa história de relações fraternas.

Recuperação econômica da China supera expectativas

 A China Rádio Internacional reportou os comentários de analistas internacionais que coincidem na opinião de que “a taxa de crescimento do PIB chinês no primeiro trimestre é superior às expectativas anteriores”. De acordo com cálculos preliminares, o PIB da China no primeiro trimestre foi de 28,4997 trilhões de yuans, um aumento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado, a preços constantes. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o valor agregado das indústrias chinesas acima da escala aumentou 3%, as vendas totais de bens de consumo no varejo aumentaram 5,8% e o total de importações e exportações de bens aumentou 4,8%. Os dados indicam que a economia chinesa começou a se recuperar de forma estável, consolidando as bases para alcançar as metas de desenvolvimento esperadas para 2023.

ONU indica que a Índia, ainda este ano, supera a China em população

Projeções da ONU apontam que até a metade de 2023 a Índia se tornará o país mais populoso do mundo, assumindo o posto que pertencia à China desde ao menos 1950, quando surgiram registros sobre o assunto, informa o jornal Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, “o país hoje governado por Narendra Modi e considerado a quinta maior economia global após desbancar o Reino Unido no último ano tem mais de 1,4 bilhão de habitantes e supera a China por cerca de 3 milhões, mostram as projeções da ONU”.

Laos: Expectativa de crescimento econômico para 2023 e 2024

As agências KPL e VNA informam nesta quarta-feira (19) que a economia da República Democrática Popular do Laos, segundo previsões de instituições econômicas internacionais, crescerá 4% este ano e em 2024, graças à reabertura das fronteiras dos países vizinhos e à remoção das restrições de viagem. Segundo estas instituições é provável que o Laos tenha crescimento econômico, já que seus principais parceiros comerciais, incluindo a China, reabriram suas fronteiras. Anteriormente, o Laos Statistics Bureau informou que a taxa de inflação anual do país diminuiu ligeiramente de 41,3% em fevereiro para 41% em março. Esta é a primeira vez que a taxa de inflação no Laos caiu após mais de um ano de aumento contínuo.

Fox paga indenização milionária por Fake News

Nesta terça-feira (18), a rede de TV estadunidense de extrema-direita Fox News concordou em pagar US$ 787,5 milhões (quase 4 bilhões de reais) à empresa Dominion Voting Systems, que fabrica as máquinas de votação usadas nas eleições de 28 estados americanos. Alinhada ao trumpismo, o canal divulgou, durante a última eleição presidencial dos EUA, vencida por Joe Biden, notícias alegando que as máquinas da Dominion estavam fraudando a votação a favor do candidato democrata. Com o acordo, a Fox News encerrou o processo de difamação e evitou que o seu proprietário, o magnata Rupert Murdoch, e apresentadores do canal fossem chamados a depor. O CEO da Dominion, John Poulos, disse que a Foxadmitiu ter contado mentiras” e que “nada pode compensar isso”. A Fox declarou estar “satisfeita por ter chegado a um acordo” e pediu que “o país avance com essas questões”. Mas os problemas legais da Fox envolvendo Fake News ainda não terminaram. A empresa de tecnologia eleitoral Smartmatic está processando a rede de televisão por difamação e pede US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 13,6 bilhões) em danos. A Smartmatic acusa a Fox News de divulgar conscientemente mais de 100 informações falsas de que sua tecnologia foi usada para fraudar votos a favor de Joe Biden.

Por Wevergton Brito Lima

Encontre os números anteriores da Súmula Internacional na editoria Visão Global

 

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