Boletim i21

Boletim i21 / Julho – Análises e informações sobre a conjuntura internacional

INTERNACIONALISMO

 

Lançada a Revista Digital do Encontro Nacional Sobre Questões Internacionais (link)

Com textos das intervenções de Luciana Santos, Walter Sorrentino, Nilson Araújo, Renato Rabelo, Luis Fernandes, Ana Prestes, Wevergton Brito, Jô Moraes, Marcio Cabreira e Moara Crivelente, a Revista Digital representa uma valiosa fonte de informação sobre a construção da análise e intervenção do PCdoB na arena internacional.

 

 

O sinal da esperança: Lições da campanha eleitoral do PT da Bélgica (link)

O Partido do Trabalho da Bélgica (PTB) foi o grande vencedor das últimas eleições belgas. Em Flandres é o segundo partido com mais rápido crescimento. Quais são as razões deste êxito? Uma visão retrospectiva da campanha eleitoral e do resultado de 26 de maio. Por David Pestieau, vice-presidente do PTB

 

 

98 anos do PC da China (link)

Aproxima-se o aniversário de fundação da República Popular da China, em 1° de outubro de 1949, que representou o ápice da maior revolução anticolonial da história. Revolução que, liderada por Mao Zedong, emancipou o país e seu povo, dando-lhes novo destino e, hoje, transforma-se num protagonista mundial apontando para caminhos originais na luta por erigir o socialismo com particularidades chinesas e por um rumo progressista para a Humanidade. À frente dessa saga histórica, esteve e está o Partido Comunista, que completou 98 anos de fundação no dia 1º de julho. Por Walter Sorrentino.

 

PCdoB discute parcerias com Universidade do Povo da China (link)

O PCdoB e a Fundação Maurício Grabois receberam, no dia 19 de julho, uma delegação de cinco estudiosos marxistas da Universidade Renmin, de Pequim (China), liderada pelo professor Wu Fulai. O vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, e o presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato Rabelo, recepcionaram a delegação, apresentando o cenário político e econômico atual do Brasil, assim como a estratégia do Partido para o enfrentamento do Governo Bolsonaro e as condições para um Programa Socialista para o Brasil.

 

AMÉRICA LATINA E CARIBE

 

Foro de São Paulo: Um rio caudaloso com muitas nascentes (link)

Neste artigo, escrito antes do início do XXV FSP, Walter Sorrentino comenta sobre as principais características deste importante espaço multilateral do campo progressista.

 Foro de São Paulo inicia com “demonstração pungente de luta e unidade” (link)

Matéria sobre o início do XXV FSP, que venceu ataques e boicotes, superando as expectativas em termos de participação.

 

Curto circuito em Itaipu para Bolsonaro e Marito

Uma velada crise diplomática entre Brasil e Paraguai provocou a renúncia do chanceler Luis Castiglioni e do embaixador do Paraguai no Brasil, Hugo Caballero. Trata-se da negociação de uma ata de um acordo bilateral referente ao cronograma de compra de energia elétrica de Itaipu, pertencente aos dois países. Também renunciaram o presidente da ANDE (Administração Nacional de Eletricidade), Alcides Jiménez, e do diretor paraguaio de Itaipu, Alberto Alderete. As renúncias foram fruto de pressões, dada à contrariedade popular, parlamentar e midiática com o acordo negociado. Segundo a imprensa, o acordo poderia causar um prejuízo de 300 milhões de dólares ao Paraguai. O Congresso paraguaio anulou o acordo na última segunda, 29. A controvérsia com o Brasil se dá principalmente sobre o excedente de energia gerada, mais barata, portanto, e da qual o Paraguai se beneficiaria. A situação deixa o governo Bolsonaro em uma saia justa, justamente por seu declarado apoio a Marito Abdo, presidente do Paraguai há um ano. De sua parte, Marito chegou a sofrer a ameaça de um processo de impeachment por “traição à pátria”. Em uma “Acta Bilateral” entre as Altas Partes Contratantes do Tratado de Itaipu assinada no dia 1º de agosto, entre Brasil e Paraguai, ficou estabelecido que “La Alta Parte Contratante paraguaya comunico su decisión unilateral y soberana de dejar sin efecto el Acta Bilateral de 24 de mayo de 2019”. Significa que o Paraguai declina do acordo estabelecido em maio com o Brasil e que quase custou a cabeça de Marito. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

Leros, Bolsonaros e Itaipu Gate: tudo a ver?

A Revista Forum revelou, no domingo (4), matéria sobre o envolvimento do empresário brasileiro Alexandre Giordano, suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP) como intermediário da negociação que alterava o acordo de Itaipu e privilegiaria empresas brasileiras que quisessem comprar o excedente de energia de Itaipu, entre ela a empresa Leros de Giordano. O jornal do Paraguai, ABC Color, deu destaque para a revelação de mensagens de um advogado do Paraguai que cita suposta relação da família Bolsonaro com o Grupo Leros. As mensagens são entre o advogado Joselo Rofríguez Gonzáles e Pedro Ferreira, então presidente da Ande (estatal paraguaia da energia). Segundo reportagem do DCM, a Leros também estaria envolvida em negócios com Nióbio, mineral de inconfundível preferência de Bolsonaro. Segundo Joaquim de Carvalho, no DCM: “da mineração, inclusive nióbio, ao acordo do Brasil com o Paraguai em torno de Itaipu, a Leros tem uma pauta que se confunde com a do governo Bolsonaro”. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

Venezuela diz que relatório da ONU sobre direitos humanos no país é fruto de visão “parcializada”(link)

“Resulta incompreensível o conteúdo de dito informe dominado por uma visão seletiva e parcializada, carente de rigor científico, com graves erros metodológicos”, disse o vice-ministro para Comunicação Internacional, William Castillo, que dirigindo-se diretamente a Michelle Bachelet, afirmou: “a Venezuela está segura de que você sabe que o informe não reflete a realidade que viu”.

 

 

Revolução Sandinista: 40 anos enfrentando o império (link)

Importante artigo publicado originalmente no site La Voz del Sandinismo. Nele, a autora, a jornalista argentina Stella Calloni, testemunha ocular da Revolução Sandinista, desnuda o papel do imperialismo estadunidense na Nicarágua, desde a Revolução até os dias atuais.

 

 

Nota do PC do Chile comenta relatório de Michelle Bachelet sobre a Venezuela (link)

O Partido Comunista do Chile divulgou, no dia 6/7, uma nota assinada por sua Comissão Política, onde comenta o relatório da Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, sobre a situação dos direitos humanos na Venezuela.

 

 

Celso Amorim: Destruição do Itamaraty não é falta de habilidade, mas “um projeto” (link)

Ex-chanceler brasileiro comentou possível nomeação de Eduardo Bolsonaro à Embaixada do Brasil em Washington e quebra de tradições diplomáticas brasileiras.

 

 

Navios Iranianos seguem viagem

Finalmente, as duas embarcações iranianas, Termeh e Bavand, deixaram o porto de Paranaguá, no Paraná. Os navios, que vieram abastecidos de ureia comprada pelo Brasil, levam consigo 100 mil toneladas de milho para o Irã. No total foram mais de 50 dias parados no porto brasileiro depois que a Petrobrás se recusou a vender combustível para o abastecimento, alegando que os navios estavam na lista de empresas sancionadas pelos EUA. A Petrobrás temia ser penalizada pelos EUA, demonstrando a situação de subserviência atual do Brasil aos EUA, a ponto de prejudicar seu comércio exterior e relação bilaterais com vários países. O Irã é um dos maiores compradores do milho brasileiro. Foi preciso que o presidente do STF, Dias Toffoli, determinasse que a Petrobras fornecesse o combustível. Uma das embarcações ainda apresentou problemas técnicos por falta de abastecimento por um período prolongado. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

EUA-BRASIL: Otan e Livre Comércio

Os EUA designaram oficialmente, no dia 31 de julho, o Brasil como um aliado prioritário extra-OTAN, cumprindo uma promessa de março quando da visita de Bolsonaro ao seu país preferido. O anúncio facilita a compra de armas e equipamento de defesa pelo Brasil dos EUA. Somente a Argentina possuía esse título antes do Brasil. Também no dia 31, o ministro Paulo Guedes anunciou que estão oficialmente iniciadas as negociações para o fechamento de um acordo comercial com os EUA, após ter se encontrado com Wilbur Ross, secretário de Comércio norte-americano.

 

 

EUROPA

 

Direitista Nova Democracia vence eleições na Grécia (link)

Com 39,8% dos votos e 158 deputados, a direita chega ao poder. O Syriza, que chegou a ser apresentado como “esquerda radical” e andou anos a servir o capital como melhor pôde, deixa o governo.

 

 

Novo presidente do parlamento europeu

O parlamento europeu já tem novo presidente. Trata-se de David-Maria Sassoli, jornalista e político italiano, do Partido Democrático, membro do Parlamento Europeu desde 2009. Ele substituiu outro italiano, Antonio Tajani, que presidia o parlamento do bloco desde 2017. Ele obteve 245 votos na assembleia parlamentar de 751 membros e sobre o Brexit disse que é preciso haver “bom senso e espírito de diálogo e amizade”. Também alertou sobre a necessidade de se rever as regras sobre migração e asilo político. O italiano ocupará um dos principais cargos do bloco, ao lado da francesa Christine Lagarde que presidirá o Banco Central Europeu e a alemã Ursula Von der Leyen que será a presidente da Comissão Europeia. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

 

ÁFRICA

 

Acordo de Paz em Moçambique

Em Moçambique, as adversárias Frelimo e Renamo, inimigas desde a guerra civil, que terminou em 1992, assinaram um acordo para encerrar formalmente décadas de hostilidades no país. Os representantes do histórico acordo são Filipe Nyusi, presidente do país e Ossufo Momade, líder da Renamo. Segundo a imprensa, 5,2 mil guerrilheiros estão entregando as armas e cerca de 800 vão deixar o acampamento de Monte Gorongosa. Está no texto do acordo a anistia para combatentes e a eleição de governadores, no lugar das atuais nomeações. O acordo foi assinado no parque Gorongosa, local onde a guerra começou, montanha localizada no centro de Moçambique. Fundada em 1962, a Frelimo governa o país desde 1975, ano da independência de Moçambique. O primeiro presidente foi o socialista Samora Machel, “o pai da Nação”. A Renamo também foi criada em 1975 como uma organização anticomunista. Por Ana Prestes, em Notas Internacionais.

 

 

Leia também: