Solidariedade

PCdoB promove visita à embaixada da Síria

A embaixadora Rania Alhaj Ali, ladeada por Pedro Oliveira, membro da Comissão de Relações Internacionais, Ana Prestes, Secretária de Relações Internacionais do PCdoB e ao lado um membro do corpo diplomático da Síria

A Secretária de Relações Internacionais do PCdoB, Ana Maria Prestes, conduziu uma visita, nesta terça-feira (30), à embaixada da República Árabe da Síria, que é considerada uma das civilizações mais antigas do mundo. Damasco, Patrimônio Mundial da Unesco, é sua capital. As relações diplomáticas entre a Síria e o Brasil foram estabelecidas em 1945, e a Legação brasileira na capital síria foi inaugurada em 1951, sendo elevada à nível de Embaixada dez anos depois.

A visita se revestiu de importância especial na medida em que com a posse do presidente Luís Inácio Lula da Silva, a posição do Brasil retomou o seu caminho anterior ao Governo de Jair Bolsonaro, de respeito à soberania e em defesa da paz na região do Oriente Médio. Ao contrário, durante o governo encerrado em 2022, o Brasil se alinhou com os interesses intervencionistas e imperialistas dos Estados Unidos da América e seu braço armado que é a OTAN, além de Israel.

A embaixadora da Síria, Rania Alhaj Ali, recebeu a delegação do PCdoB de forma efusiva e amigável, procurando fazer um retrospecto histórico do que significou este último período de 4 anos para as relações entre os dois países. Foram anos de grandes dificuldades tanto para a Síria quanto para o povo brasileiro.

Os EUA – com sua estratégia de desestabilização de países através das mídias sociais e das guerras híbridas -provocou na Síria uma verdadeira guerra civil que eclodiu em 2011, provocando um êxodo de cerca de seis milhões de sírios que se encontram hoje na condição de refugiados em outros países. A atividade imperialista tinha por objetivos ganhar terreno na disputa geopolítica e ao mesmo tempo tomar de assalto recursos energéticos da Síria, como o petróleo. Agentes dos Estados Unidos ainda se encontram em alguns pontos da Síria tentando a divisão do país que resiste bravamente e ultimamente ganham espaço entre os países árabes, retomando sua posição anterior de grande e influente país no Oriente Médio.

A Síria, sob o comando do presidente Bashar Al-Assad e seu Partido Baath souberam dirigir seu povo e, para combater a ação imperialista, conformaram alianças amplas, com a Rússia, o Irã, a China entre outras Nações. Desta maneira a derrota dos invasores serve de lição para todos os povos que vêm seus países sofrerem intervenções como as que ocorreram na Síria.

O Brasil, por sua vez, também enfrentou a extrema-direita bolsonarista, que se apoiava em setores da direita norte-americana ligadas ao ex-presidente Donald Trump, e de forças reacionárias de Israel. A primeira atitude do governo brasileiro, vencida as eleições de 2022, foi voltar ao movimento de fortalecimento do multilateralismo no mundo, em prol da paz e da cooperação entre os povos. Atualmente, existem alguns acordos bilaterais vigentes entre os dois países Brasil e Síria, nas áreas de saúde, agricultura, turismo, esportes e cultura. A comunidade síria estabelecida no Brasil é outro elemento importante da relação entre as duas nações.

Ao final do encontro, Ana Maria colocou o Partido Comunista do Brasil à disposição de contribuir para o enfrentamento das posições refratárias a um posicionamento solidário e cooperativo com a reconstrução da Síria, especialmente no âmbito do Parlamento brasileiro. Aproveitou a ocasião para deixar um livro escrito a quatro mãos pelo ex-presidente Renato Rabelo e pelo membro do Comitê Central do Partido, Nílson Araújo, sobre o desenvolvimento econômico do Brasil.

Reportagem de Pedro Oliveira

 

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